O Presidente da República disse hoje que, não tendo sido possível um compromisso de salvação nacional, a melhor alternativa é a continuação em funções do Governo "com garantias reforçadas de coesão e solidez da coligação partidária até ao final da legislatura".
Para Arménio Carlos, Secretário-geral da CGTP-IN, o Presidente da República "premiou quem devia ser punido", optando por manter em funções "um Governo que não tem legitimidade nem credibilidade moral ou política para continuar". Acrescentando ainda que "Não fomos consultados sobre vir ao mundo, mas temos de ser consultados nestas matérias porque o povo português não é espectador, é protagonista e tem de ser chamado a dizer o que pretende para o futuro".
"O povo português não vai ficar passivo perante o que se está a passar", porque "o Presidente da República acabou de confirmar que os portugueses e a democracia são reféns da `troika` e que a lógica de sacrifícios é para impor `ad aeternum`".
Na próxima, terça-feira, o Conselho Nacional da CGTP-IN vai reunir para analisar estas últimas declarações do Presidente da República e decidir as medidas de contestação para os próximos tempos".
Declaração de Arménio Carlos, Secretário-geral, à LUSA.