Milhares de jovens trabalhadores exigem estabilidade!

28marco lutaOs Jovens trabalhadores, organizados nos sindicatos da CGTP-IN, realizaram uma grande manifestação, exigindo estabilidade no emprego e o aumento geral dos salários.

De todos os pontos do país foi enorme a participação da juventude trabalhadora que trouxe à baixa de Lisboa as lutas e reivindicações nas empresas e locais de trabalho.

A confiança de que é possível derrotar a precariedade, assim como a proposta de lei que o governo PS, com o apoio de CDS-PP e PSD, e o aval da UGT e dos patrões apresentaram na Assembleia, sai reforçada com esta manifestação.

Ficou ainda claro que é possível aumentar salários, desde logo o Salário Mínimo Nacional e que a luta continua já no próximo dia 11 de Abril na concentração na Assembleia da República convocada pela CGTP-IN.

A Interjovem/CGTP-IN saúda todos os jovens trabalhadores que participaram na manifestação, com a certeza que continuaremos a contar com o seu empenho e confiança nas batalhas futuras.

 

RESOLUÇÃO DOS JOVENS TRABALHADORES

Somos jovens trabalhadores, sindicalizados nos sindicatos da CGTP-IN e que hoje, dia 28 de Março descemos do Rossio/Rua do Carmo até à Assembleia da República para assinalar o Dia Nacional da Juventude.

Não nos conformamos com o que os sucessivos governos do PS, do PSD e do CDS pretendem reservar para o nosso presente e futuro, designadamente a chaga da precariedade, dos baixos salários e do emprego sem direitos.

Faz 72 anos que um grupo de jovens foi brutalmente reprimido pela ditadura fascista num acampamento do MUD Juvenil no Algarve a exigir liberdade, democracia e melhores condições de vida.

Há 72 anos um grupo de jovens foi brutalmente reprimido pelo fascismo num acampamento da MUD Juvenil no Algarve, porque lutavam e resistiam ao fascismo que os reprimia e explorava. 72 anos depois assinalamos este dia para homenagear os que derrotaram a ditadura fascista e porque a vida demonstra que vale a pena lutar.

Por isso continuaremos a luta para que 45 anos depois da revolução de Abril não se branqueie o fascismo e se construa um Portugal melhor, mais justo, democrático e solidário, em que os trabalhadores sejam os principais destinatários da riqueza que produzem.

Hoje, e todos os dias, nas empresas e nos locais de trabalho, vamos intensificar a luta para avançar e conquistar:

O emprego seguro, estável e com direitos;

A erradicação da precariedade, fazendo corresponder a cada posto de trabalho permanente um vínculo de trabalho efectivo;

O aumento geral dos salários e a fixação em 650€ do salário mínimo nacional, contra todas as discriminações salariais;

As 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores, contra a desregulação dos horários;

Melhores condições de trabalho, contra os intensos ritmos de trabalho, as pressões e a exaustão física e psicológica;

Mais e melhores serviços públicos, contra as privatizações e a carência de estruturas públicas de apoio à família;

O fim caducidade dos contratos colectivos de trabalho e a revogação de outras normas gravosas das leis do trabalho da responsabilidade do PS, do PSD e do CDS, a reposição do tratamento mais favorável e pelo direito de negociação e de contratação colectiva.

Assim, assumimos aqui, que dia 11 de Abril voltaremos a ocupar este largo exigindo o chumbo da proposta de lei, que PS/PSD/CDS-PP, UGT e Patrões querem fazer passar na assembleia da República, que agrava e legitima a precariedade e desregula ainda mais as relações de trabalho.

Assumimos, também, nesse dia, trazer mais um colega de trabalho, mais um amigo, a essa jornada de luta e continuar a lutar nas empresas e nos locais de trabalho, para todos ajudarmos a construir um grande 1º de Maio.

Não somos descartáveis!

Temos direitos!

Queremos estabilidade!