Jovens à Assembleia da República

jovens novNas últimas eleições, a maioria do povo derrotou o governo PSD e CDS e deu um sinal claro de que é preciso derrotar, também, a política de direita.

Foi a intensa luta e resistência dos trabalhadores contra os brutais ataques aos direitos laborais e sociais, em defesa dos salários e pensões, dos horários de trabalho e das às funções sociais do Estado, contra o desmantelamento do pouco que resta do sector público e empresarial do Estado, que deu um contributo decisivo para derrotar os partidos do governo. Luta e resistência conduzidas sob uma enorme ofensiva ideológica e mesmo chantagem que, sobretudo ao longo do último ano, vinha tentando fazer crer que tudo ia no bom caminho (era o desemprego a descer, a economia e o emprego a crescer, etc.) e que não havia alternativa ao caminho trilhado.

A teoria de que votamos para eleger o Primeiro-Ministro caiu por terra!
Elegemos, apenas, 230 deputados.

E a relação de forças na Assembleia da República mudou! O PSD e o CDS não têm o apoio da maioria do povo, nem condições para entrar em funções.

PSD e CDS não podem continuar a sua política de destruição do presente e do futuro dos jovens e de ataque a quem trabalha, ao povo e ao país!

Nada foi dado aos jovens (forçados a emigrar aos milhares) e aos trabalhadores em geral. O que temos foi arrancado pela luta, nas empresas e na rua!

Este é tempo de prosseguir a luta, nas empresas e locais de trabalho, mas também na rua!

Para a Interjovem/CGTP-IN, a saída da actual situação não pode passar pela continuação da política de exploração e empobrecimento, das desigualdades crescentes e da perpetuação do desemprego, da precariedade e da desregulação dos horários, do desmantelamento das funções sociais do Estado e das privatizações das empresas públicas.

O que é necessário é uma política que nos permita viver e trabalhar em Portugal, que coloque os trabalhadores, o povo e o país como os destinatários do nosso desenvolvimento soberano e do progresso social.

Reivindicamos:

· Aumento geral dos salários. A subida do salário mínimo nacional para 600 euros no início de 2016;

· A passagem a efectivos dos trabalhadores que ocupam postos de trabalho de natureza permanente e o reforço da fiscalização do cumprimento das normas de trabalho, combatendo o uso abusivo e ilegal de contratos a termo, dos falsos recibos verdes e das falsas "bolsas" de investigação; o trabalho precário, sub-declarado e não declarado, e a utilização abusiva e fraudulenta de medidas de emprego, tais como os estágios e os contratos emprego-inserção;

· A revogação da legislação que facilita os despedimentos e reduz as indemnizações e a norma do código do trabalho que discrimina os jovens à procura do primeiro emprego e os desempregados de longa duração;

DIA 10 DE NOVEMBRO, ÀS 14H30, NO LARGO DE SANTOS NA PRÉ-CONCENTRAÇÃO DOS JOVENS VINDOS DO SUL E, NA AV. D. CARLOS I, OS JOVENS VINDOS DO NORTE VÃO TODOS À ASSEMBLEIA EXIGIR UMA NOVA POLÍTICA, QUE RESPEITE A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA E COLOQUE OS TRABALHADORES, O POVO E O PAÍS EM PRIMEIRO!

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