1º Maio de 2014

IMG 0054Este 1º. de Maio foi comemorado em luta , em todo o País, foi grandioso e grandiosa a resposta que trabalhadores e reformados, aposentados e pensionistas deram à ofensiva deste governo PSD/CDS-PP.

 

Na véspera do 1º. de Maio, à noitinha, veio a Ministra das Finanças anunciar as medidas contidas no DEO (não é um desodorizante)- Documento de Estratégia Orçamental - apresentadas com expressão sorridente, feliz…a tentar “tapar o sol com a peneira” anunciou para 2015 aumento da taxa do IVA de 23% para 23,25% e da T.S.U. dos trabalhadores de 11% para 11,02%.

Tendo presente que o IVA de 23%, que a partir de 2015 subirá, afectará “bens de luxo” como a electricidade e o gás, alimentação, vestuário, viveremos pior.

A TSU representa diminuição nos salários dos trabalhadores. Viverão melhor? Certamente que não!

Nós, os reformados, aposentados e pensionistas, ouvimos da boca do ministro Mota Soares a grande notícia de que, em vez de nos devolverem o que nos têm roubado, vêm tornar definitivos cortes, que diziam ser provisórios. Assim, “ficaremos melhor”, com menos pensão? Não!

Pagaremos mais, por força do aumento de bens essenciais, (porque não reduzem os preços a quem é reformado) e os trabalhadores, para terem direito à pensão de reforma, terão de trabalhar mais anos.

Entre 2014 e 2018, os contribuintes (reformados incluídos) vão pagar 38 mil milhões de euros só em “juros da dívida”! Este é o DEO da Troika e dos troikanos!

Querem enganar-nos, sabendo que somos mais de 30% da população e votamos!

Trabalhámos e descontámos para termos direito à nossa pensão de reforma, tudo quanto nos roubam é inaceitável! Há pensões mínimas que continuam congeladas e não atingem os 300 euros mensais, há cada vez mais reformados em pobreza extrema, sem acesso a cuidados de saúde, por falta de transporte de doentes não urgentes, falta de meios e ainda por desesperança. Temos de reivindicar o aumento das pensões e não aceitar os cortes anunciados como inevitáveis!

É urgente exigir que o “período pós - Troika” seja o da mudança de governo e de política. Citando Arménio Carlos, no discurso do 1º.Maio em Lisboa: “Nas eleições de 25 de Maio para o Parlamento Europeu vamos votar em consciência, naqueles que defendem os nossos interesses, rejeitam inevitabilidades e que, de forma consequente, têm combatido e combatem a política de direita, apresentam soluções para o país e estão ao lado dos trabalhadores e do povo, batendo-se por uma Europa de cooperação entre países soberanos e iguais em direitos e por um Portugal com futuro”.

40 anos do 25 de Abril e do 1º.Maio de 1974, com a força do POVO faremos um Abril novo!

A luta continua e é de todos!