Quando já nem os mortos lhes merecem respeito!

Soubemos pela comunicação social e por declarações do ministro Mota Soares, da intenção deste Governo em produzir mais um corte brutal nos rendimentos dos reformados. Desta vez, este autêntico roubo, incidirá sobre as pensões de sobrevivência, tanto da Caixa Geral de Aposentações como da Segurança Social, ou seja, reduz magros rendimentos de viúvas, viúvos, filhos menores e outros. No caso dos aposentados da CGA este corte sobrepõe-se a outro já anunciado, de 10% para pensões de sobrevivência superiores a 419,22€.

 

Ao sofrimento causado pela perda de entes queridos, soma-se agora a angústia provocada por esta medida criminosa, tomada por um governo que declarou guerra aos reformados, aposentados e pensionistas, que põe em causa a sobrevivência efectiva de muitas famílias, com rendimentos degradados resultantes dos aumentos das rendas de casa, da electricidade, do gás, dos transportes, das taxas moderadoras na saúde, para além do agravamento generalizado de impostos.

O trabalhador já falecido contribuiu ao longo da sua vida activa para a segurança social, com a garantia de que ele e a sua família, na velhice ou por morte de um dos seus membros, teria direito à pensão de velhice ou de sobrevivência, de acordo com as leis em vigor e com um quadro constitucional que as consagra.

Perante mais este cobarde ataque aos nossos elementares direitos, responderemos lutando organizadamente em várias frentes, tanto institucionalmente como em acções de rua exigindo a demissão deste Governo PSD/CDS. Assim, a Inter-Reformados / CGTP-IN participará e apela a todos os reformados e pensionistas que participem activamente nas Marchas que se realizam no próximo dia 19 de Outubro, na Ponte 25 de Abril e na Ponte do Infante, promovidas pela CGTP/IN, POR ABRIL – Contra a exploração e o empobrecimento.

A Comissão Permanente da Inter-Reformados / CGTP-IN

Lisboa, 07 de Outubro de 2013-10-07