CGTP-IN condena decisão do governo sobre Evo Morales

A CGTP-IN condena veementemente a decisão das autoridades portuguesas de proibição do avião do Presidente boliviano Evo Morales de sobrevoar o espaço aéreo português, forçando a sua aterragem em Viena, decisão entretanto hoje alterada por parte do governo português.

Com esta medida inaceitável, que configura uma prestação de autêntica vassalagem ao “amigo americano”, pôs-se em risco a vida do presidente Evo Morales e tripulação e foram violados os direitos de tráfego aéreo,
 
O avião da Força Aérea da Bolívia tinha solicitado a Lisboa uma "escala técnica, para abastecimento", mas o ministério português dos Negócios Estrangeiros proibiu a aterragem em solo nacional de aviões presidenciais da Bolívia, Colômbia e Venezuela até sexta-feira.

O Presidente Evo Morales esteve na capital russa para participar num fórum dos Países Exportadores de Gás onde afirmou que estaria disposto a debater e a analisar o asilo político a Edward Snowden, acusado de espionagem nos EUA.

Snowden está acusado pela administração norte-americana essencialmente por ter revelado as acções ilegais das autoridades norte-americanas e de outros governos, de acesso a comunicações pessoais, em clara violação dos direitos humanos.

O informático, que trabalhava numa empresa privada subcontratada pela NSA (Agência de Segurança Nacional) dos EUA, chegou no domingo a Moscovo proveniente de Hong Kong, onde estava refugiado desde 20 de maio.

À luz do direito internacional, a verdade é que ninguém pode ser extraditado enquanto o pedido de asilo político estiver pendente.

Além disso, ninguém deve ser condenado sob qualquer lei por revelar informações sobre violações dos direitos humanos por parte da administração norte-americana, já que estas revelações estão protegidas pelo direito à informação e pelo direito à liberdade de expressão.

 A CGTP-IN reitera assim a sua forte condenação desta autêntica “caça ao homem” em violação flagrante do direito internacional, da imunidade diplomática e dos direitos humanos mais elementares, que infelizmente os EUA, com a administração Obama, aplicam através de acções de tipo “far west” que não podem ser toleradas.

Os trabalhadores e os povos devem resistir e combater estas pressões, chantagens e ameaças e lutar pela liberdade, pela liberdade e pela justiça social.