SOV (Segurança Privada) convive mal com a democracia

solidariedade15O STAD - Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria e Vigilância promove, hoje, das 14.30 às 17 horas, no Porto, uma concentração contra os atentados ao livre exercício da actividade sindical na empresa SOV - Serviços de Operação e Vigilância. Pelas mesmas razões decorreu ontem uma iniciativa idêntica, em Corroios, no distrito de Setúbal.
FONTE: STAD

A iniciativa de ontem decorreu, a partir das 14.30, junto à estação do Metro de Transportes do Sul, e consistiu numa acção de solidariedade com o delegado sindical do STAD, transferido do local de trabalho em conjunto com outros trabalhadores sindicalizados.

Após o sindicato ter metido uma acção em tribunal contra a SOV, para solucionar o conflito, a empresa chegou a acordo em sede de tribunal. Contudo a SOV não está a cumprir e o delegado sindical está impedido pela empresa de exercer a actividade sindical nas instalações do MTS-Corroios, sendo inclusive impedido de aceder às instalações.

A situação agrava-se, ainda mais, devido ao facto de a SOV ter agora ameaçado o trabalhador e delegado sindical na empresa de o despedir por extinção de posto de trabalho.

Recordamos que o livre exercício da actividade sindical se encontra consagrado na Constituição da Republica Portuguesa e que os trabalhadores têm a liberdade de se organizarem nas associações sindicais, caso que a SOV não respeita e por via da intimidação, do recurso a meios menos dignos e do não cumprimento do que assume em tribunal, pretende de modo intimidatório retirar a liberdade de organização ao conjunto dos seus trabalhadores.

Metro de Transportes do Sul – Conivente e cooperante com a SOV

Também a empresa Metro Transportes do Sul, se encontra conivente com a presente situação, pois após o sindicato ter pedido reunião com a empresa, a mesma ainda não respondeu à reunião solicitada, contribuindo desta forma para que o clima de conflito se mantenha, em vez de exigir ao seu fornecedor de serviços de segurança, o cumprimento integral pela legislação e não a manutenção do conflito, pois a falta de responsabilidade social das empresas, não deve ficar na impunidade.