Trabalhadores da RTS, em Montemor-o-Novo, em luta pelo pagamento dos salários em atraso

No dia 27 de Fevereiro de 2013 os trabalhadores não baixaram os braços e realizaram uma greve de 4 horas (13h00 às 17h00) exigindo à empresa o pagamento dos salários e subsídios em dívida. A RTS, desenvolve a sua actividade na área dos pré fabricados de betão, e actualmente tem um conjunto de encomendas, às quais não dá resposta por não existir matéria-prima para os fabricar.

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares do Sul e Regiões Autónomas

Esta empresa recorreu ao PERC – Programa Especial de Revitalização, em Novembro de 2012 e no final do mês de Dezembro concretizou um despedimento colectivo de 9 trabalhadores, ao qual o Sindicato desde a primeira hora esteve contra, por considerar que este despedimento colectivo é ilícito. Estes trabalhadores ainda não receberam o salário de Dezembro e as respectivas indemnizações.

Os restantes trabalhadores da empresa encontram-se numa situação de salários e subsídios em atraso (parte do salário de Janeiro deste ano, os subsídios de Férias e Natal de 2012 e parte do subsidio de Natal de 2011. Esta é uma situação que combatemos há muito. Os trabalhadores têm desenvolvido a luta, a qual já deu resultados positivos, pois os trabalhadores já recuperaram parte dos salários em atraso.

Agora os trabalhadores reunidos em plenário decidem continuar a lutar, não baixar os braços e exigir à empresa o pagamento dos salários e subsídios em dívida.
Decidiram:
1º. Marcar para dia 27 de Fevereiro de 2013 um período de 4 horas de greve (13h00 às 17h00).
2º. Desenvolver todas as formas de protesto e acções públicas necessárias até que a empresa reponha o que deve aos trabalhadores, nomeadamente uma concentração junto da Segurança Social e da ACT em Beja, pelas 14h30.

Esta situação que se vem verificando há algum tempo, do não cumprimento por parte da empresa do pagamento pontual da retribuição, como é de sua obrigação, bem como a falta de matéria prima para trabalhar, cria situações dramáticas e insustentáveis para estes trabalhadores e suas famílias, bem como para a produção regional e nacional.