Os trabalhadores da Empresa Matutano, do grupo multinacional PepsiCo, estão durante o dia de hoje, 18/01/2023, reunidos em plenários.
Em cima da mesa estão vários pontos nomeadamente o processo judicial que o STIAC (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Alimentar) colocou à empresa referente a ilegalidade dos horários de laboração contínua, o pré-aviso de greve ao trabalho suplementar em vigor durante o ano de 2023, os baixos salários que se praticam na empresa, a elaboração de um caderno reivindicativo para 2023 e a possibilidade de os trabalhadores avançarem para uma greve com vista a atualizações salariais e ao cumprimento do CCT referente aos horários de trabalho.
O STIAC esclarece que, com o aumento do salário mínimo nacional, 50% dos trabalhadores vão a partir de janeiro de 2023 ter os 760 como salário base. Com esta perda de rendimento vão se acentuar as dificuldades destes trabalhadores e das suas famílias. Esta situação tem-se vindo a degradar ao longo dos anos prevendo-se que em 2024 sejam 75% os trabalhadores nesta situação de salários mínimos nacionais. Existe na empresa casos de trabalhadores com 20 anos de casa a ganhar o salário mínimo nacional.
O brutal aumento do custo de vida exige respostas por parte da empresa e com medidas urgentes como a valorização das carreiras e salários destes trabalhadores.
Quando o Grupo PepsiCo apresenta resultados muito positivos durante o ano de 2022, nada justifica que esta multinacional pratique o salário mínimo nacional.
O clima de medo, de incerteza e dúvidas são usados para “encaminhar” os trabalhadores no sentido que lhes é mais conveniente, quase nunca por bons motivos e sempre incutindo o medo, tanto quanto forem capazes e que são quase só e apenas resultado da procura de mais ganhos financeiros.
Para tratar destes e de outros temas, o STIAC tentou, no passado mês de novembro, a marcação de 2 reuniões com a empresa sempre sem sucesso.
Os Plenários realizados pelo STIAC contam com a participação de Rita Branco, da Interjovem.
Fonte: STIAC