Nesta véspera de Natal, os trabalhadores do comércio vão estar em greve pelo aumento dos salários, condições dignas de trabalho e pela negociação dos Contratos Colectivos de Trabalho sem perda de direitos.
A precariedade no trabalho e na vida é a realidade que há anos assola os trabalhadores do sector do comércio. A realidade dos baixos salários, dos horários incompatíveis com a vida pessoal, da pressão e repressão no local de trabalho não é novidade para um conjunto muito grande dos que, ainda há pouco tempo, eram trabalhadores essenciais. Essenciais, mas nunca respeitados e valorizados.
De crise em crise, os trabalhadores vão perdendo qualidade de vida. Agora é a inflação, incidida sobretudo em bens essenciais e na energia, que tem feito desvalorizar os já baixos salários de quem trabalha no comércio. Estes trabalhadores diariamente colocam as etiquetas com o aumento dos preços, mas não vêem aumentos nos recibos de vencimento ao final do mês, e lêem nos jornais os lucros recorde das empresas. A inflação é real, mas como tantas outras crises, é mais uma forma de transferir o dinheiro criado pelos trabalhadores para a fortuna dos patrões. Os trabalhadores estão cansados e vão à luta!
As associações patronais não respeitam os trabalhadores! Como contrapartida ao aumento dos salários, ou seja, a subsistência de quem lhes garante os lucros, procuram a retirada de direitos para fazer com que os trabalhadores sejam ainda mais explorados. Os trabalhadores com tais propostas ou perdem qualidade de vida, ou perdem qualidade de vida. É esta a postura que os patrões têm na mesa negocial. Isto não é negociar, é chantagem, e os trabalhadores e o CESP, não aceitam!
Os trabalhadores do comércio exigem:
1. Aumento dos salários de todos os trabalhadores;
2. Valorização das carreiras profissionais;
3. Negociação dos Contratos Colectivos de Trabalho;
4. Tempo para a vida pessoal e familiar.
Fonte: CESP