Os contratos terminam no final do mês de agosto e como os cuidados de saúde não podem parar, a solução apresentada pela Administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) precariza ainda mais os enfermeiros.
No passado dia 28 de abril, levámos a efeito uma Ação de Denúncia Pública, junto ao Hospital de Caldas da Rainha, do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) devido ao risco de despedimento de 15 enfermeiros contratados.
Passados 4 meses abate-se de novo a incerteza para os agora 14 enfermeiros que aguardam uma resposta do governo e do Conselho de Administração (CA) do CHO.
Denunciámos novamente esta situação no dia 25 de agosto e face ao inadmissível impasse do governo, a solução encontrada pelo Conselho de Administração para estes enfermeiros, são contratos por avença, ou seja, falsos recibos verdes que ainda precarizam mais a situação laboral dos colegas e já provocaram uma saída da instituição.
Esta recorrente situação nas instituições públicas é inadmissível, não só pela não vinculação definitiva destes colegas, mas também pela crónica falta de enfermeiros (e de outros profissionais), que não permitem salvaguardar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), e consequentemente, a adequada resposta assistencial aos utentes.
Apesar da demissão apresentada pela Ministra Marta Temido, a responsabilidade é do governo e passa por uma urgente e necessária política de investimento e reforço das instituições do SNS, com os meios e enfermeiros necessários, para assegurarem a quantidade e a qualidade dos serviços de saúde.
Os encerramentos de Serviços não são solução, mas para tal é urgente que o Ministério da Saúde/ Governo autorize não só e, desde já, a vinculação definitiva destes enfermeiros, mas que sobretudo aprove os “Mapas de Pessoal” de 2022 das instituições do SNS, para que estas possam vincular e contratar os profissionais indispensáveis, para responder às necessidades assistenciais das populações.
Fonte: CESP