Acções de esclarecimento em defesa do serviço público postal

Nesta semana o SNTCT/FECTRANS continuará a sua acção de esclarecimento das populações e trabalhadores, em defesa do serviço público postal, nos seguintes locais:

  • Porto - Dia 22 de Agosto - Praça da Trindade (frente aos CTT) – entre as 10H30 e as 12H00.
  • Braga - Dia 23 de Agosto - Rua do Raio (frente aos CTT no Nº175-A) – entre as 10H30 e as 12H00.
  • Viana do Castelo - Dia 24 de Agosto - Avenida Conde de Ferreira (frente aos CTT) – entre as 10H30 e as 12H00.
  • Vila Real – Dia 25 de Agosto - Avenida Carvalho Araújo (frente aos CTT) – entre as 10H30 e as 12H00.
  • Bragança – Dia 26 de Agosto - Largo dos Correios (frente aos CTT) – entre as 10H30 e as 12H00.

Estas acções seguem às já realizadas esta semana em Leiria, Santarém, Portalegre, Évora e Beja, onde se distribuiu às populações e utentes dos CTT documentos com a realidade concreta em cada um dos distritos.

Há que dar a volta nos CTT Correios e parar a destruição do que deles resta do bom que foram pelo excelente serviço que prestavam/prestaram e do seu capital mais importante, os seus trabalhadores e as suas trabalhadoras!

A Gestão Privada dos CTT tem que repor a prestação de um Serviço Publico Postal de qualidade, vergonhosamente degradado no pós e no após privatização. Apesar de o Primeiro Ministro e o Governo terem recusado a Renacionalização dos CTT, desautorizado a ANACOM e terem dado, de mão-beijada, aos accionistas dos CTT, um Contrato de Prestação do Serviço Postal Universal leonino para os últimos, o decréscimo na qualidade do serviço prestado está à vista de todos os Portugueses e as sucessivas multas da ANACOM por incumprimento dos padrões mínimos de qualidade são disso a prova;

A gestão Privada dos CTT tem que prover Trabalhadores em número suficiente nas ruas e nos balcões. Faltam neste momento, no plano nacional, mais de 750 Carteiros e 250 Técnicos nos balcões. Os Giros dobrados há meses, os balcões vazios há outros tantos, os Trabalhadores esgotados e a quem ainda tentam restringir o gozo de férias com a família, tudo isto tem que ter um fim;

A Gestão Privada dos CTT tem que providenciar melhores condições de trabalho para todos os trabalhadores CTT e em especial para os que dão diariamente a cara pela Empresa na Distribuição e no Atendimento e que, também diariamente, passam a vergonha de se verem obrigados a prestar um mau serviço, a mando de uma má gestão, com a agravante de estarem sujeitos à “Lei da Rolha” e não poderem dizer, por exemplo, que o correio que estão a distribuir com atraso (por vezes de semanas) teria sido distribuídos a tempo e horas se não tivessem visto os seus giros acrescentados por extinção de outros e se cada giro tivesse um Carteiro titular;

A Gestão Privada dos CTT tem que negociar/pagar salários que respeitem a qualificação profissional de cada trabalhador. A generalidade dos trabalhadores CTT são qualificados e altamente qualificados e ganharam essas qualificações por concurso/formação e provas dadas na prestação do seu trabalho (com mais de 38 Milhões de Euros de lucro em 2022, em que 36 Milhões foram directa ou indirectamente para o bolso dos accionistas, a Gestão aplicou unilateralmente (sem o acordo de qualquer um dos Sindicatos) um aumento de 7,50€ a cada Trabalhador;

A Gestão Privada dos CTT tem que acabar com a lamúria de, diz, não ter quem queira trabalhar na Empresa, fundamentalmente os jovens. Como quer a Gestão Privada dos CTT que os jovens queiram trabalhar na Empresa se lhes oferece trabalho só para o Verão e, pasme-se, quando mesmo assim algum jovem ou menos jovem se lhes dirige só lhes oferecem uma ou duas semanas de trabalho, quando não são dois ou três dias?

A Gestão Privada dos CTT tem que acabar com o assédio moral com que vem tentando menorizar Trabalhadores com carreiras longas para os levar a saírem da Empresa (despedindo-se ou aposentando-se antecipadamente). Os trabalhadores com carreiras longas que são possuidores de um know how da actividade postal que, temos pena, nenhuma universidade consegue dar. Os Homens e as Mulheres que construíram os CTT e que os fizeram resistir a vagas continuas de má gestão - incluindo a actual - não estão, de certeza, a mais na Empresa. Na Empresa só está a mais quem nela entrou, “sem saber ler nem escrever” como diz o velho ditado português, "a convite de fulano de tal", "por favor de sicrano de tal" o com o "cartão de tal" na mão. Na Empresa só está a mais quem tem a desfaçatez de mandar ou de, a mando, assediar Trabalhadores com Carreira e provas dadas nos CTT para os levar a despedirem-se ou aposentarem-se antecipadamente com graves penalizações.

Fonte: Fectrans