A Schnellecke Logistics, que opera nas instalações da Continental Mabor, em Lousado (Vila Nova de Famalicão), iniciou um despedimento colectivo de 12 trabalhadores, não por dificuldades, mas sim para perseguir cirurgicamente os trabalhadores que lutam por melhores condições, acusou o SITE Norte, que está a acompanhar, a organizar e a defender os trabalhadores afectados.
Após o alerta do sindicato, já foi anunciado que o Governo vai ser questionado no Parlamento sobre este caso e sobre que medidas irá tomar para defender os postos de trabalho e os direitos destes trabalhadores.
Na nota que enviou à comunicação social, no dia 10, o SITE Norte assinalou que a substituição imediata, por trabalhadores temporários, dos trabalhadores que agora enfrentam a tentativa de despedimento demonstra bem a intenção e o carácter deste despedimento.
Os 12 trabalhadores, como a própria empresa reconheceu, têm salários acima do mínimo, o que é fruto da luta desenvolvida no passado e de negociações com as empresas que antecederam a Schnellecke neste sub-contrato.
O que a Schnellecke pretende é despedir, para manter uma estratégia de precarizar as relações de trabalho e baixar salários para os mínimos legais.
Dificuldades?
A empresa alegou que estará a passar por dificuldades, mas o sindicato considera que tal argumento não deixa de ser caricato. É que a Schnellecke opera para a Continental Mabor e nas instalações desta. E a multinacional fabricante de pneu, apesar dos condicionamentos dos últimos anos no sector, tem mantido níveis altos de produção e de lucro.