ANA – Aeroportos: Em ano de inflação é urgente uma atualização

A ANA – Aeroportos, ao invés de cultivar o bom relacionamento e consideração pelos trabalhadores que continuam a dar provas da sua lealdade e dedicação à empresa, pelo contrário, quanto mais tempo passa, mais difícil se torna essa relação, tal é a postura de intransigência em que esta se entrincheirou. Das muitas empresas com que o SITAVA se relaciona, não exageraremos se dissermos que a ANA – Aeroportos é uma das que menos consideração manifesta pelos trabalhadores, mesmo depois das centenas de milhões de euros de lucros que estes lhe proporcionaram.

Vêm estas palavras a propósito do processo de atualização salarial que se iniciou há mais de seis meses e que, num ano em que a inflação galopa, está ainda longe de ser encerrado. Como todos terão presente, na falta de acordo na mesa negocial, a empresa decidiu unilateralmente atribuir uma atualização salarial ínfima, de 1%.

Após este ato que a nosso ver mostra bem a falta de consideração que referenciamos em cima, o SITAVA recorreu para a DGERT (Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), para obrigar a empresa a continuar a negociar um outro valor mais justo para os trabalhadores. Objetivo esse que se tem mostrado, até ao momento, infrutífero.

Entretanto, na passada semana fomos convocados pela empresa para uma nova reunião onde esta, talvez envergonhada pela sua atitude de ter encerrado o processo negocial, propôs pagar em dezembro 0,5%. Como contraproposta e numa derradeira tentativa de encerrar este triste episódio que se arrasta indefinidamente quando deveríamos estar era a iniciar um verdadeiro processo negocial para fazer face à inflação, propôs o SITAVA que esses 0,5% fossem pagos já, e com retroativos a janeiro.

Mais uma vez a empresa recusou e teve para o efeito a prestimosa colaboração de outro sindicato que, mascarando a sua ação de grande defensor dos trabalhadores, mais não fez que dar cobertura à empresa para esta continuar a violentar os trabalhadores.

Voltamos a chamar a atenção para o papel divisionista que estes falsos defensores dos trabalhadores representam, persistindo na “plantação” de mentiras e meias-verdades queapenas confundem os trabalhadores e objetivamente facilitam, e muito, a vida à empresa.

Fonte: Sitava.pt