Disponíveis, como sempre, para o diálogo na base de uma efectiva negociação das propostas apresentadas, para alcançar um compromisso escrito assumido pela administração, os trabalhadores da Ascenza (ex-Sapec Agro) em greve, com a produção parada, reafirmaram ontem que, caso a administração mantenha a sua postura, estão disponíveis para continuar firmes na luta.
Além das concentrações, em piquete, na hora de início dos turnos, ontem à tarde teve lugar uma concentração geral, junto da portaria da fábrica, dando expressão pública às reivindicações e à determinação de lutar por elas.
Numa resolução aprovada pelos trabalhadores ali reunidos, afirma-se que a elevada adesão à greve evidencia o enorme descontentamento dos trabalhadores face à falta de respostas concretas aos problemas por parte da administração.
A luta que começou às zero horas de dia 21 é considerada histórica, pela unidade que os trabalhadores demonstram, e por quebrar com o clima de intimidação e medo que reina há cerca de 40 anos na empresa.
Com esta luta, os trabalhadores pretendem que os patrões entendam «o que já há algum tempo temos vindo a afirmar, mas que a administração parece querer ignorar: não aceitamos a falta de respostas concretas às nossas reivindicações!».