O administrador do Hospital Privado de Gaia, cujo hospital pertence ao grupo Trofa Saúde, expulsou hoje à força uma trabalhadora e delegada sindical do seu posto e local de trabalho.
A trabalhadora em causa apenas recusou cumprir um horário de 10 horas diárias, que nunca antes lhe tinha sido exigido e que é ilegal.
Os horários de 10 horas diárias só podem ser praticados com o acordo dos trabalhadores, por força do disposto na contratação coletiva.
Para elaborar estes horários, as empresas têm de cumprir formalismos e procedimentos legais, que não foram cumpridos.
O grupo Trofa Saúde, em todas as suas 17 unidades de saúde, pratica horários de trabalho ilegais de 10 e mais horas diárias.
Os trabalhadores têm vindo a resistir contra os horários desregulamentados, como foi o caso dos trabalhadores do bloco e esterilização do Hospital Privado de Gaia.
Estes horários desregulamentados põem em causa a saúde dos trabalhadores e a vida pessoal e familiar.
Muitos trabalhadores acabam por aceitar estes horários ilegais porque são amaçados de faltas injustificadas, despedimento ou transferência de serviço.
Trata-se de uma grande violência sobre os trabalhadores, que o grupo mantém, apesar dos protestos dos trabalhadores e do sindicato.
O sindicato já protestou junto da empresa e requereu a intervenção da ACT.
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de hotelaria, Turismo, Restaurantes e similares do norte