Perante a denúncia da estrutura sindical do Pingo Doce de que a empresa pretendia obrigar os trabalhadores a descontar no seu salário, ou em banco horas, o tempo utilizado no acompanhamento de filhos menores à vacinação contra a COVID-19, a empresa veio agora, em declarações à comunicação social, afirmar que iria efectuar o pagamento desse tempo.
Apesar de, como tem sido a sua prática, não responder às questões colocadas pelo CESP, a empresa veio agora desdizer a informação que as chefias e os recursos humanos estão a veicular junto dos trabalhadores.
Lembrando que a intervenção e denúncia do CESP foi determinante para este desenvolvimento, sublinhamos que a vigilância dos trabalhadores é essencial para a sua concretização.
O CESP continuará a intervir na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores nesta e em outras empresas que se pautam sempre em primeiro lugar na procura do lucro desmedido, com base em políticas de baixos salários.
Atente-se que neste último ano, da crise e da pandemia, meia dúzia de grandes empresas distribuíram mais de 7 mil milhões de euros em dividendos, mais de 330 milhões que no ano anterior, enquanto que, 1 em cada 10 trabalhadores é pobre, muitos dos quais são certamente do Pingo Doce.
Fonte: CESP