Após intervenção do Sindicato junto do Ministério do Trabalho, o CESP reuniu com os representantes da LIDL, no passado dia 21 de Julho, para a discussão das principais reivindicações dos trabalhadores:
- Aumentos salariais de 90€ mensais (3€ diários);
- O aumento da carga horária dos trabalhadores em part-time para as 32h semanais;
- Recusa de revistas pessoais e a viaturas nos entrepostos.
As respostas da LIDL, foram mais do mesmo, rejeitam o aumento de salários para todos os trabalhadores, afirmaram falsamente já ter aumentado os salários este ano, quando na realidade trataram-se de meros acertos.
A LIDL tem dinheiro para investimentos em infra-estruturas, mas recusa investir também nos seus trabalhadores e um aumento de 3€/dia para a LIDL não causaria grande impacto financeiro, mas faria uma grande diferença aos trabalhadores.
Também de forma cínica dizem que os horários de 20h são com acordo dos trabalhadores, sabendo a empresa perfeitamente que um trabalhador a necessitar de ganhar o seu sustento não tem a mesma força que uma multinacional na hora de fazer “acordos”.
Os horários dos trabalhadores são desregulados, através do trabalho por turnos e ao fim-de-semana.
Os trabalhadores em part-time na LIDL, não tendo um horário de trabalho fixo, ficam impedidos de desenvolver outra profissão, para poder compensar os baixos salários praticados pela empresa.
Relativamente à implementação de revistas pessoais e a viaturas nos entrepostos, referem que apenas foi implementada no entreposto de Sintra e que a sua aplicação é aleatória.
Não entendem que a relação de trabalho deve ser baseada na confiança e que esta prática é uma violação da privacidade dos trabalhadores.
O CESP reforça a necessidade de reuniões directas e na resposta por escrito aos ofícios remetidos à LIDL, de modo a permitir a diminuição da conflitualidade e na resolução de problemas dos trabalhadores.
Perante a posição da administração da LIDL, os trabalhadores com o apoio do seu sindicato de classe, irão realizar plenários, para decidir as formas de luta adequadas para exigir a resolução dos seus problemas.
Fonte: CESP