Trabalhadores bancários unidos protestam hoje frente à AR contra despedimentos

O SinTAF estará esta tarde na concentração dos trabalhadores bancários que decorrerá em frente a Assembleia da República, numa manifestação de protesto contra a “redução de postos de trabalho, implementados de forma massiva e sem precedentes”.

Comunicado Conjunto

EM DEFESA DOS TRABALHADORES BANCÁRIOS

O MASSACRE TEM DE PARAR!

Os trabalhadores do setor bancário são atualmente confrontados com diversos processos

de redução de postos de trabalho, implementados de forma massiva e sem precedentes,

encontrando-se o direito constitucionalmente consagrado da segurança no emprego sob

um ataque tão intenso, quanto impensável.

Nesse quadro, alguns Bancos têm implementado “processos de reestruturação”, a coberto

dos quais vêm confrontando milhares de bancários com propostas de rescisão por mútuo

acordo (RMA) ou reformas antecipadas, com especial enfoque para as RMA.

Conjugadamente com esta situação, tem vindo igualmente a vulgarizar-se a comunicação

antecipada da implementação de medidas unilaterais, vulgo despedimentos coletivos, com

prazo certo anunciado, ao arrepio do que a legislação laboral prevê, criando (ou visando

criar) pânico e temor generalizado nos bancários, de forma a que desistam de lutar pelos

seus direitos.

Face a esta situação, todos os Sindicatos Bancários portugueses [SNQTB, MAIS Sindicato,

SBN, SIB, SBC, STEC e SinTAF], reunidos ontem, acordaram em mostrar a sua indignação e

manifestar a sua firme oposição quanto ao injustificado e desnecessário processo massivo

de destruição de postos de trabalho num setor decisivo para o apoio aos portugueses, às

empresas e à economia nacional, conforme foi, aliás, demonstrado pelos bancários, quando

a pandemia se encontrava na fase mais perigosa e exigente.

O setor bancário português que tem um dos rácios mais eficientes da Europa, com esta

massiva eliminação de postos de trabalho, nomeadamente a redução entre 15% a 25% da

força de trabalho e o encerramento de mais de 15% da rede de agências, contribui para um

desmantelamento de algumas atividades em Portugal e da capacidade instalada de apoio

às populações e empresas.

A atual situação é por demais lamentável, devido ao facto de existirem ameaças de

despedimento coletivo e de criar pressão nos trabalhadores, para tomarem uma decisão

num curto espaço de tempo.

Fonte: Sintaf