Tribuna Pública na próxima segunda-feira, 12 de Julho, para denunciar salários de miséria e incumprimentos no grupo EGF/Mota&Engil, com as presenças de Isabel Camarinha (Secretária-Geral da CGTP-IN) e de elementos das direcções do STAL e da FIEQUIMETAL
O STAL e a FIEQUIMETAL promovem na próxima segunda-feira (12 de Julho), às 10.00h, uma Tribuna Pública em Coimbra (na Praça 8 de Maio), iniciativa que conta com a presença de Isabel Camarinha, Secretária-Geral da CGTP-IN, e que marca o início da iniciativa ‘Circuito Nacional de Denúncia’, para dar a conhecer publicamente os muitos problemas laborais que afectam os milhares de trabalhadores do grupo EGF/Mota&Engil, e reafirmar a defesa dos direitos e das propostas reivindicativas apresentadas pelas estruturas sindicais, que a empresa, de forma sistemática, tem procurado ignorar.
O grupo EGF/Mota&Engil insiste em fugir à discussão séria dos problemas, dos cadernos reivindicativos e da proposta de Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) há muito apresentada pelas duas estruturas sindicais, numa clara estratégia de aprofundar a exploração do trabalho, pagando salários de miséria, precarizando os vínculos laborais, discriminando trabalhadores, desrespeitando e violando direitos. Em suma, dividindo para reinar.
Mas tal estratégia não surtirá qualquer efeito, porque os trabalhadores não desistem, e já deram provas da sua unidade, firmeza e da força das suas convicções e reivindicações, nomeadamente:
- Negociação urgente de um ACT que uniformize as regras laborais para os trabalhadores de todas as empresas do Grupo, que promova e garanta a valorização remuneratória, a dignificação profissional e a qualidade do serviço público prestado;
- Aumento imediato dos salários e de outras prestações pecuniárias, nomeadamente, do subsídio de refeição e de transporte, de forma a repor o poder de compra perdido nos últimos anos;
- Regulamentação e aplicação do Suplemento de Insalubridade, Penosidade e Risco;
- Atribuição de um subsídio de risco extraordinário, no quadro do surto epidémico do novo coronavírus;
- Valorização das carreiras profissionais, garantindo a progressão e a promoção;
- Melhoria e pleno respeito pelas normas de saúde e segurança no trabalho.
É inaceitável que o grupo EGF/Mota&Engil continue a recusar-se a negociar, numa atitude ostensiva de desrespeito pela lei e pelo direito à Contratação Colectiva. E sem respostas aos problemas que o surto pandémico agravou ainda mais, a luta dos trabalhadores irá prosseguir, já que o enorme esforço feito pelos trabalhadores, e em particular ao longo deste último ano e meio, tem de ser respeitado e compensado, sem mais delongas ou desculpas!
O STAL e a FIEQUIMETAL defendem a reversão da privatização da EGF, para garantir uma política de resíduos norteada por razões ambientais e pela defesa do interesse público, e não pelo lucro. E os municípios, enquanto accionistas (ainda que minoritários) das empresas do grupo EGF/Mota&Engil, têm de assumir as suas responsabilidades e garantir a defesa das respectivas populações, de serviços públicos de qualidade, do trabalho com direitos, assim como contribuir, activamente, para a melhoria das condições laborais nas empresas que lhes prestam serviços e nas quais participam.
Só assim será possível respeitar plenamente os direitos das populações e dos trabalhadores. Por isso, esta é uma luta de todos!
Fonte: STAL