A empresa ALDI tenta impedir o sindicato de realizar plenários e de contactar com os trabalhadores, ao mesmo tempo que insiste em práticas ilegais e na pressão e repressão sobre os trabalhadores.
Amanhã, dia 8 de Julho, o CESP realiza uma acção de denúncia em frente ao Aldi de Santa Clara, em Coimbra
O CESP irá desenvolver por todo o país um conjunto de acções enquadradas na Jornada Nacional de Luta, convocada pela CGTP-IN.
Os trabalhadores do comércio e serviços não ficaram imunes ao contexto da pandemia. Um contexto marcado pelo aproveitamento de uma crise de saúde pública para se intensificar a exploração sobre quem trabalha, como se prova pelas centenas de denúncias chegadas ao CESP, que procura acompanhar e dar resposta aos diversos casos, conseguindo resolver muitas situações de incumprimento.
Urge combater esta nova ofensiva contra os trabalhadores, que tem a conivência do Governo. É preciso lutar em defesa dos postos de trabalho, pelo aumento dos salários, pela garantia de locais de trabalho seguros, contra a precariedade e a desregulação laboral, ainda mais inaceitáveis neste período singular da nossa vida.
Todos os dias nos deparamos com ataques imensos aos direitos dos trabalhadores, que estão exaustos e cada vez mais humilhados perante esta situação. A pandemia não pode valer como desculpa para este caminho, até porque ele está em curso há décadas.
A pressão e repressão perante os trabalhadores existia antes da pandemia, embora neste contexto tenha incidências muito maiores.
A empresa ALDI tenta impedir o sindicato de realizar plenários e de contactar com os trabalhadores. Existem represálias sobre os trabalhadores que, mesmo pressionados, decidiram exercer o seu direito constitucional em sindicalizar-se no seu sindicato de classe. É inaceitável e vergonhoso que esta empresa, uma das maiores do país e membro da Associação patronal das Empresas de Distribuição (APED), tenha comportamentos deste tipo, que ainda por cima se aliam à prática de uma gestão de pessoal assente numa brutal exploração.
Decorreu um processo de prevenção de conflitos no Ministério do Trabalho, requerido pelo CESP e que servia para garantir que a empresa passasse a cumprir as normas do CCT (Contrato Colectivo de Trabalho) e a Lei, mas a empresa insiste nas práticas ilegais e na pressão e repressão sobre os trabalhadores.
Respeito é o que se exige!
Os direitos não podem ser retirados!
O CESP estará, no dia 8 de Julho, numa acção de denúncia em frente ao Aldi de Santa Clara, em Coimbra.
FONTE: CESP