A Fiequimetal exige que a administração da EDP mude a sua forma de estar e que, de forma leal e honesta, venha negociar a melhoria das matérias que mexem com as condições de vida dos seus trabalhadores - afirma a federação, num comunicado sobre uma reunião realizada na DGERT (Ministério do Trabalho).
A reunião, dia 17, foi solicitada pela Fiequimetal para que continuasse a negociação da tabela salarial de 2021, de forma a melhorar o acto de gestão imposto pela administração, que culminou uma negociação que não prestigia a empresa nem valoriza decentemente os trabalhadores.
A federação continuou a afirmar que são possíveis um aumento salarial digno e o aumento do valor hora do subsídio de disponibilidade.
Pelo contrário, a administração voltou a aproveitar todos os temas possíveis e mais alguns para bloquear as melhorias das condições de vida dos trabalhadores, mostrando assim que não tem a mínima vontade de alcançar um acordo. Afirmou mesmo que está muito confortável com a situação e que existe paz social na EDP.
Perante esta posição, que a Fiequimetal repudia, afirma-se no comunicado que a atitude da administração em favor dos lucros dos accionistas em nada valoriza a dedicação dos trabalhadores em prol de uma empresa sólida e prestigiada.
Talvez faça falta à administração vir ao terreno, conhecer e viver as dificuldades que os trabalhadores enfrentam na prestação do serviço de disponibilidade. Talvez nesse dia, em vez de só verem lucros, possam reflectir sobre a falta que estes trabalhadores fazem e o quanto se torna importante valorizar o pagamento deste serviço.
Progressões a passo de caracol
No que toca às progressões na carreira, basta de andar a passo de caracol, basta de carreiras de 60 anos, impossíveis de completar até ao fim da vida activa.
Trabalhadores de qualidade e com experiência têm de ser valorizados, obrigatoriamente.
A federação insiste que os trabalhadores merecem o respeito que tantas vezes é publicitado nos meios de comunicação internos da EDP.