Hospitalização privada paga salários muito baixos e recusa aumentos

HotelariaSetor da hospitalização privada recusa aumentos salariais

O setor da hospitalização privada paga salários muito baixos. Mais de 90% dos trabalhadores, incluindo auxiliares de ação médica e administrativos, recebem apenas o Salário Mínimo Nacional.

A associação patronal (APHP) recusa negociar com a FESAHT aumentos salariais para 2021, bem como recusa as demais propostas sindicais, designadamente a redução do horário de trabalho para as 35 horas, criação de um regime de diuturnidades, 25 dias úteis de férias e o pagamento do trabalho ao fim de semana com um acréscimo de 25%4.

Os sindicatos tentaram negociar diretamente, empresa a empresa, melhores salários, mas estas também recusaram.

Hoje, o setor da hospitalização privada não se compara com as casas de saúde existentes antes do 25 de Abril de 1974, tendo aumentado enormemente em todas as áreas, designadamente no número de atendimentos nos serviços de urgência, consultas médicas, atos complementares de diagnóstico e terapêutica nos hospitais, havendo atualmente a nível nacional, mais hospitais privados (114) que públicos (111).

Este crescimento tem sido feito à custa de transferência de serviços e dinheiros públicos para o privado e aos baixos salários praticados pelas empresas, que mantiveram os salários congelados muitos anos consecutivos.

As condições de trabalho na hospitalização privada não se comparam com o setor público, estes trabalhadores são vítimas de ritmos intensos de trabalho e horários violentos.

Os trabalhadores estão em luta por melhores salários e melhores horários, por um regime de diuturnidades que valorize a antiguidade e experiência profissional, a redução do horário de trabalho e um regime de férias mais favorável.

Assim, a FESAHT decidiu promover ações de denúncia, protesto e de luta no setor, inseridas na Jornada de Acção e Luta - de 21 de Junho a 15 de Julho, promovida pela CGTP-IN, estando a primeira ação marcada para dia 21 de junho, pelas 8 horas, junto ao Hospital Santa Maria, na Rua de Camões 906, 4049-025 Porto, onde pelas 9 horas será dada um Conferência de Imprensa para melhor explicar as razões da luta neste setor de atividade.

Fonte: FESAHT