Para reafirmar que «Nós somos EDP!» e apresentar à administração um plano, com os passos a dar para a integração nos quadros da empresa para que efectivamente trabalham, o SIESI e o SITE Centro-Norte convocaram, para dia 9, greve dos trabalhadores de call-centers e lojas, contratados através de prestadoras de serviços, e realizaram uma acção de protesto junto da sede da EDP, em Lisboa, ao final da manhã.
Esta jornada, cuja realização envolveu especialmente as comissões sindicais do SITE C-N na ManpowerGroup e do SIESI na Randstad II, serviu também para voltar a denunciar, como «campeã da precariedade», a EDP que se apresenta como «uma empresa socialmente responsável».
Como foi explicado nas intervenções sindicais, durante a concentração, e no documento entregue ao cuidado da administração (e também, de tarde, no Ministério do Trabalho), há cerca de três mil trabalhadores que asseguram, alguns há mais de 20 anos, serviços para empresas do Grupo EDP, como o atendimento telefónico e em lojas, através de empresas prestadoras de serviços.
Estes trabalhadores, organizados nos sindicatos da Fiequimetal, exigem a vinculação à EDP, dado que as tarefas que executam são imprescindíveis para a actividade desta.
Das empresas a que estão vinculados, os trabalhadores exigem o pagamento do acréscimo de despesas com o teletrabalho e a melhoria das condições de vida e de trabalho.
O surgimento dos «outsourcings», o alargamento e a manutenção deste regime de precariedade de emprego, como tem sido denunciado, têm por objectivo evitar que as estes trabalhadores sejam aplicadas as condições mais favoráveis previstas no Acordo Colectivo de Trabalho da EDP.
Esta situação, altamente prejudicial para os trabalhadores, tem contribuído para resultados milionários que a EDP acumula ano após ano.
Na concentração estiveram as deputadas Alma Rivera (PCP) e Isabel Pires (BE), que manifestaram solidariedade para com a luta dos trabalhadores.