Há mais negociação da tabela salarial, para lá do acto de gestão anunciado no dia 4 pela administração, afirma a comissão negociadora sindical da Fiequimetal, garantindo que a luta pela justa distribuição da riqueza e pela valorização dos trabalhadores das empresas do Grupo EDP não vai parar.
Num comunicado emitido ontem, a federação sublinha que não dá a negociação como concluída.
À administração foram apresentadas propostas que devem ser negociadas. A Fiequimetal e os seus sindicatos existem para lutar pela melhoria das condições de trabalho e vida dos trabalhadores e não para apenas aceitarem tudo o que a administração pretende.
Exigências justas
Na proposta sindical global reivindica-se:
- aumento de 60 euros para cada trabalhador na tabela salarial;
- melhoria no subsídio de disponibilidade, sem obrigatoriedade de permanência;
- ajudas de custo de valor igual para todos os trabalhadores.
Pretende-se reduzir o tempo para progressão na carreira, permitindo que os trabalhadores possam chegar ao topo da carreira antes de irem para a reforma.
Exige-se que seja clarificada a avaliação de desempenho, bem como a sua implicação nas progressões na carreira.
A administração tem de cumprir o ACT no que se refere às reformas e pré-reformas.
Accionada a DGERT
A fim de criar condições para melhorar aquilo que é o conteúdo pretendido pela administração e a que alguns querem chamar tabela salarial para 2021, vai ser, no imediato, requerida a intervenção do Ministério do Trabalho, através da DGERT (Direcção-Geral do Emprego e Relações do Trabalho).
Mas este primeiro passo será acompanhado de formas de luta que expressem o descontentamento dos trabalhadores.
Apela-se à participação de todos os trabalhadores nas reuniões e plenários que os sindicatos vão agendar.