Vacinas: Mais de 500 trabalhadores da Misericórdia de Lisboa fora dos prioritários

TRABALHADORES DO SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA NÃO SÃO PRIORITÁRIOS NO PLANO DE VACINAÇÃO

 Mais de 500 trabalhadores da Misericórdia de Lisboa fora dos prioritáriosNo passado dia 18 de fevereiro, o STFPSSRA questionou o Provedor da SCML e Coordenador da Task Force para o Plano de Vacinação contra a COVID-19 em Portugal do porquê da não identificação, como grupo prioritário para a vacinação, dos trabalhadores AGAC, afetos ao Serviço de Apoio Domiciliário da SCML.

Para que se entenda, falamos de mais de 500 trabalhadores que:

- Também prestam todo o tipo de apoio essencial a idosos, mas no domicílio;

- Fazem-no com risco acrescido por não controlarem as condições de higiene e limpeza do espaço;

- Por terem que se deslocar a diferentes domicílios, têm que circular diariamente por extensas áreas da cidade em transportes públicos;

- Possuem um rácio individual de utentes muito superior1 ao legalmente definido, o que aumenta, ainda mais, a rede de contactos e o risco de contágio.

Como resposta, os correspondentes da Task force informaram que:

“as prioridades do Plano de Vacinação são definidas pela Direção Geral de Saúde (DGS) de acordo com critérios de saúde pública considerados adequados por essa autoridade e com suporte científico na medida dos efeitos já medidos da pandemia na sociedade.”

Ao contrário, o Provedor da SCML, responsável máximo desta instituição à qual estes trabalhadores estão afetos, nem isso fez, continuado a mostrar manifesto desinteresse por este grupo profissional que, em inúmeros casos, foram os únicos que continuaram a prestar apoio a estes idosos em situação de completo isolamento social. Ao não serem incluídos num dos grupos prioritários no plano de vacinação, estes trabalhadores continuam a expor-se diariamente a uma situação de risco grave, podendo contrair o vírus e infetar outros, colocando em risco todos os utentes – idosos e suas famílias – com que trabalham assim como toda a população residente da cidade de Lisboa e pessoas que aqui trabalham.

FONTE: Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais