USNA ALERTA: OS PAIS DO DISTRITO DE PORTALEGRE ESTÃO A PASSAR POR MOMENTOS DE GRANDE AFLIÇÃO
A obrigatoriedade do teletrabalho já conduziu a situações de grande aflição em Março do ano passado, mas quando encerraram as escolas e estabelecimentos de apoio à infância em 22 de Janeiro deste ano o problema ganhou nova dimensão. Pais com filhos menores de 12 anos não têm direito ao apoio extraordinário à família. Estão obrigados a conciliar o teletrabalho com cuidar de crianças de meses ou de poucos anos, o que leva a que nem consigam trabalhar nem cuidar dos filhos.
O Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, que acompanha a Randstad em Elvas, tomou posição e recolheu vários depoimentos tornados públicos pela CGTP-IN. Depoimentos de mães que atingiram o seu limite, temem pela segurança dos seus filhos e lutam por uma mudança da lei.
QUE FAZER COM AS CRIANÇAS QUANDO A ESCOLA NÃO ESTÁ A FUNCIONAR EM PLENO?
O alargamento dos serviços considerados essenciais na passada sexta-feira está também a causar grande transtorno a centenas de pais do nosso distrito. Muitos só iriam recorrer ao apoio à família a partir de segunda-feira, dia 8 de Fevereiro, para poder acompanhar os seus filhos no ensino à distância mas tanto estes, como muitos outros que já se encontravam nesta situação, foram mobilizados para entrar ao serviço devido à Portaria 25-A/2021 que entrou em vigor, mais uma vez, sem consulta nem informação às estruturas representativas dos trabalhadores.
As escolas de acolhimento e as autarquias não estavam preparadas para esta alteração que as obriga agora a receber e apoiar um número maior de crianças sem terem recursos humanos para tal.
Verificando-se situações de recusa da inscrição de filhos de trabalhadores agora considerados essenciais nas escolas de acolhimento, a União dos Sindicatos do Norte Alentejano está a tratar de informar as autarquias e as escolas deste alargamento apelando à actualização da lista dos trabalhadores de serviços essenciais na expectativa de se solucionarem pelo menos parte dos problemas criados.
Todas estas dificuldades são transversais a vários sectores e serviços, prova da centralidade que a educação e a saúde assumem na sociedade e da necessidade de serem valorizados em meios materiais e humanos.