Os trabalhadores das empresas do sector de resíduos do Grupo EGF podem fazer greve nos dias 28 e 29, caso a administração ignore a mensagem de exigência e luta deixada sexta-feira na sede, em Linda-a-Velha.
No dia 18, trabalhadores e seus representantes, organizados nos sindicatos da Fiequimetal e no STAL, deslocaram-se à sede da EGF e do Grupo Mota-Engil (na Rua Mário Dionísio, em Linda-a-Velha), onde entregaram um abaixo-assinado com mais de 800 subscritores, que circulou nas empresas da EGF (nomeadamente Algar, Amarsul, ERSUC, Resiestrela, Resinorte, Resulima, Suldouro, Valnor, Valorlis, Valorminho e Valorsul).
No documento afirma-se: «Não aceitamos que a EGF continue a desvalorizar o nosso trabalho, a desrespeitar a contratação e a fugir à obrigação de negociar. A pandemia não pode servir de pretexto para impedir a melhoria dos direitos.»
Esta acção inseriu-se na luta dos trabalhadores, em defesa de:
- Negociação urgente de um ACT (acordo colectivo de trabalho) que uniformize as regras laborais para todos os trabalhadores e todas as empresas do grupo, e que promova e garanta a valorização remuneratória, a dignificação profissional e a qualidade do serviço público prestado;
- Aumento imediato dos salários e de outras prestações pecuniárias, nomeadamente, dos subsídios de refeição e transporte, que reponha o poder de compra perdido nos últimos anos;
- Atribuição de um subsídio de risco extraordinário, no quadro do surto epidémico, e a regulamentação de um suplemento de risco;
- Valorização das carreiras profissionais, garantindo a progressão e a promoção;
- Melhoria das condições laborais e pleno respeito pelas normas de Saúde e Segurança no Trabalho.
O pré-aviso de greve, já apresentado pelas estruturas sindicais da CGTP-IN para os dias 28 e 29 de Dezembro, abrange a ERSUC, a Resiestrela, a Resinorte, a Valorlis e a Valnor.