A associação patronal da hospitalização privada, que representa, entre outros, o Grupo Lusíadas, CUF e Luz Saúde, procura retirar direitos aos trabalhadores para que estes grupos tenham ainda mais lucros. Através do bloqueio negocial, a APHP - Associação Portuguesa de Hospitalização Privada recusa dignificar a carreira dos trabalhadores da saúde privada e, com a caducidade do CCT, que não sejam pagas diuturnidades, entre outras matérias pecuniárias que representam uma parte substancial dos parcos salários.
Na passada sexta-feira, os trabalhadores fizeram um protesto à porta da APHP, em Lisboa.
Folha Sindical do CESP para os Trabalhadores da Hospitalização Privada:
O CESP vai realizar Plenários Gerais de Trabalhadores nos diversos grupos privados de saúde, sendo fundamental a participação de todos!
A APHP que representa, entre outros, o Grupo Lusíadas, CUF ou Luz Saúde, procura retirar direitos aos trabalhadores para que estes grupos tenham ainda mais lucros, mesmo em tempos de pandemia.
Aproveitando os tempos de insegurança e de medo do contágio que se vivem, a APHP, através do bloqueio negocial, atrás de um computador, recusa dignificar a carreira dos trabalhadores da saúde privada e procura a que não sejam pagas várias matérias pecuniárias, como as diuturnidades, que representam uma perda substancial dos parcos salários.
No passado dia 16 de Novembro, na reunião de conciliação agendada pelo Ministério de Trabalho, a associação patronal recusou qualquer tipo de negociação, pretendendo segundo as suas palavras “cortar o mal pela raiz”.
A APHP pediu encerramento da conciliação e nesse mesmo dia pediu a publicação da caducidade do CCT subscrito pelo CESP, a sonhar unicamente em engordar os lucros da hospitalização privada à conta dos trabalhadores.
Nessa mesma reunião, antevendo o objectivo pretendido desde sempre pela APHP, o CESP informou que iria apresentar o requerimento de mediação do processo de revisão do CCT da Hospitalização Privada.
É mais uma infeliz demonstração que as empresas deste sector de actividade não reconhecem o esforço hercúleo dos seus trabalhadores, que desde o primeiro minuto estão na linha da frente, numa atitude determinada e de grande coragem. Trabalham nas clínicas e hospitais privados por todo o país, criando todas as condições para os doentes que os visitam todos os dias.
A APHP mostra que o “Vírus da Ganância e do Lucro” já está muito consolidado nas empresas de cuidados de saúde privada, mas será através da injecção de luta dos trabalhadores que se conseguirá fazer prevalecer os direitos dos trabalhadores.