Uma petição subscrita por muitos milhares de professores e educadores subiu a sessão plenária da Assembleia da República, tendo sido apresentados três Projectos de Resolução: do BE "Pela valorização da carreira docente"; do PCP "Valorização dos professores e educadores e melhoria das suas condições de trabalho"; do PEV "Atribuição de direitos devidos aos professores". No dia 4 de Dezembro, sexta-feira, estes projectos de Resolução foram todos rejeitados porque PS, PSD e CDS-PP, mais uma vez, se uniram contra os professores.
Nota à Comunicação Social da FENPTOF:
Mais uma vez, PS, PSD e CDS-PP opuseram-se, no Parlamento, à valorização da profissão docente
Dia 11, em greve, os professores darão visibilidade ao seu protesto
A oportunidade foi criada pela FENPROF que tinha apresentado, na Assembleia da República, uma petição subscrita por muitos milhares de professores e educadores. Na passada quinta-feira a petição subiu a sessão plenária tendo sido apresentados três projetos de Resolução: do BE "Pela valorização da carreira docente"; do PCP "Valorização dos professores e educadores e melhoria das suas condições de trabalho"; do PEV "Atribuição de direitos devidos aos professores".
No dia seguinte, 4 de dezembro (sexta-feira), estes projetos de Resolução foram a votação e todos foram rejeitados porque PS, PSD e CDS-PP, mais uma vez, se uniram contra os professores.
As votações dos diferentes projetos de Resolução foram as seguintes:
- Projeto de Resolução 653/XIV “Pela valorização da carreira docente” (BE)
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Favor: BE, PCP, PAN e PEV. Deputadas independentes Joacine K. Moreira e Cristina Rodrigues
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Abstenção: PSD, CH e IL
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Contra: PS e CDS-PP
- Projeto de Resolução 660/XIV “Valorização dos professores e educadores e melhoria das suas condições de trabalho” (PCP)
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Favor: BE, PCP, PAN e PEV. Deputadas independentes Joacine K. Moreira e Cristina Rodrigues
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Abstenção: CH e IL
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Contra: PS, PSD E CDS-PP
- Projeto de Resolução 716/XIV “Atribuição de direitos devidos aos professores” (PEV)
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Favor: BE, PCP, PAN e PEV. Deputadas independentes Joacine K. Moreira e Cristina Rodrigues
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Abstenção: CH
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Contra: PS, PSD, CDS-PP e IL
Ficou evidente para os professores quem não está do seu lado, colocando-se contra a valorização da sua profissão e contra a salvaguarda dos seus direitos socioprofissionais. Sim, porque é com medidas e não com meras palavras, ainda que de aparente apreço, que se valoriza uma profissão que começa a registar escassez de profissionais. Quando os atos não correspondem às palavras é legítimo afirmar que estas são hipócritas.
Para os professores, a rejeição das resoluções propostas confirma a necessidade de fazerem ouvir, ainda mais alto, a sua voz de protesto e exigência e isso faz-se com luta. Uma luta que passará, na próxima sexta-feira, dia 11 de dezembro, pela greve.
Os professores sabem a importância que têm na sociedade e isso provou-se, de novo, pela forma muito esforçada e empenhada como se têm dedicado aos seus alunos e à escola neste tempo de pandemia. É também por isso que não admitem continuar a ser desrespeitados e desvalorizados. A greve do próximo dia 11 será uma forma de, mais uma vez, os professores afirmarem a importância da sua profissão reafirmando as suas justíssimas reivindicações, desde logo o fim do bloqueio negocial imposto pelo Ministro da Educação.