A Infraestruturas de Portugal anunciou que irá dar complementos salariais às chefias, mas aos restantes trabalhadores comunicou que só haverá aumento de salários “quando a situação económica do país permitir”.
Informação da FECTRANS:
IP: Haverá aumento de salários só para alguns?
A CT da IP – Comissão de Trabalhadores das Infraestruturas de Portugal, denuncia num comunicado que a Administração desta empresa decidiu com complementos salariais para as chefias, o que contrasta com aquilo que transmitiu acerca do aumento dos salários para os trabalhadores.
De acordo com as diversas informações da administração, para os trabalhadores só haverá aumento de salários quando a situação económica do País o permitir, mas, pelos vistos é já de imediato, como se o resultado da actividade da empresa, fosse apenas daqueles que exercem funções de administração e de chefia.
Perante a notícia agora divulgada, tem mais razão de ser a proposta que apresentámos no passado dia 3 no Ministério, pelo que está na mão do governo tratar os trabalhadores da mesma maneira, ou seja, que TODOS tenham aumento dos salários.
Reproduzimos aqui a informação divulgada no comunicado da CT da IP:
“A CT teve conhecimento que o CAE decidiu avançar com complementos salariais por responsabilidade às chefias, algumas que não tinham qualquer compensação por essa função, outras que, segundo o pouco que ainda apurámos, fruto dum estudo que foi encomendado pela IP a uma consultora externa, tendo como objectivo saber qual o real valor de mercado das chefias ou direcção na IP em comparação com o sector privado. Tudo terá sido apresentado este ano numa reunião realizada no Verão que, pelo secretismo pedido pelo próprio Presidente, mais pareceu ser uma reunião Bilderberg!!!”.
É urgente que se retome a negociação colectiva que é um direito dos trabalhadores que se consagra através das suas organizações sindicais e por tal nenhuma organização pode ser afastada.
Assim, não se aceita a recusa de negociação com estas estruturas sindicais, com o argumento que que outras estruturas sindicais que inicialmente intervieram na celebração do ACT já deram o seu acordo para a que não haja aumentos salariais no ano de 2020 e talvez nos seguintes, que com essa sua posição deram força para esta dfiscriminação que está a acontecer.