A Eurest, pertencente ao grupo inglês Compass, que explora cantinas, refeitórios, bares, áreas de serviço, cafetarias e outros serviços conexos, informou os sindicatos que é sua intenção proceder ao despedimento coletivo de 122 trabalhadores. A Federação dos Sindicatos de Hotelaria e os sindicatos envolvidos decidiram realizar acções de protesto e denúncias públicas nas empresas onde a Eurest explora cantinas e refeitórios, estando agendada uma acção para dia 26, a partir das 7:30 horas, na fábrica e sede da Efacec, na Arroteia, onde será distribuído um comunicado aos operários.
Comunicado de Imprensa da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal
EUREST QUER DESPEDIR 122 TRABALHADORES À FORÇA
Denuncias públicas nos locais de trabalho: Efacec dia 26 de novembro
A Eurest, pertencente ao grupo inglês Compass, que opera em Portugal desde 1974 explorando cantinas, refeitórios, bares, áreas de serviço, cafetarias e outros serviços conexos, informou os sindicatos que é sua intenção proceder ao despedimento coletivo de 122 trabalhadores.
A Eurest tem um volume de negócios superior a 100 milhões de euros anualmente, dá milhões de lucros todos os anos, recebeu e continua a receber apoios do Estado neste período de pandemia.
Não há nenhum motivo para a empresa recorrer ao despedimento coletivo e os motivos alegados pela empresa não são verdadeiros.
A empresa alega o términus dos contratos de concessão para despedir os trabalhadores, mas para não ficar com os trabalhadores basta não concorrer a novas concessões para os contratos se transmitirem para a empresa que ficar com a concessão; a empresa alega ter trabalhadores a mais em algumas unidades, mas isso não é verdade, aliás até tem trabalhadores a menos, face à crise sanitária e às tarefas acrescidas de higienização e desinfeção; a empresa alega o encerramento de outras unidades por decisão das concedentes, mas pode transferir os trabalhadores para outras que estão a precisar de pessoal; a empresa alega que não tem postos de trabalho nas zonas das unidades afetadas com a medida, mas nada mais falso pois ainda agora contratou centenas de trabalhadores através de empresas de trabalho temporário para o mercado escolar e outros.
A Eurest tudo tem feito para encerrar o processo à força tendo, inclusive, recusado fornecer às comissões intersindicais informação essencial para aferir os motivos alegados pela empresa e permitir a apresentação e propostas alternativas tendo em vista a minimização dos efeitos do despedimento.
Na ultima reunião, a empresa forçou a sua realização sem ter apresentado a ata da reunião anterior, tendo as comissões intersindicais recusado prosseguir a mesma nessas condições.
Assim, a FESAHT e os sindicatos envolvidos decidiram realizar ações de protesto e denúncias públicas nas empresas onde a Eurest explora cantinas e refeitórios, estando agendada uma ação para dia 26, a partir das 7:30 horas, na Fábrica e sede da Efacec, na Arroteia, onde será distribuído um comunicado aos operários e dada uma conferência de imprensa pelas 8:00 horas.