Hoje e amanhã, dia em que a Galpgeste decidiu realizar um referendo, como expediente legal para impor o banco de horas, dirigentes e delegados dos sindicatos da Fiequimetal estão a denunciar a manobra nas áreas de serviço.
Os sindicatos e a Fiequimetal realizam estas acções de contacto com trabalhadores e clientes num conjunto de áreas de serviço da Galpgeste, em repúdio pelo facto de a administração desta empresa impor um processo de referendo, passando com isso a falsa imagem de democracia, quando afinal se trata da tentativa de legitimar o agravamento do horário de trabalho, usando a figura do banco de horas.
No âmbito desta acção, que se estende à generalidade dos locais de trabalho, é distribuído um folheto a denunciar a vergonhosa situação que se vive num grupo económico que explora trabalhadores e clientes.
Dirigentes do SITE Centro-Norte estiveram hoje em áreas de serviços e postos de abastecimento em Aveiro, Vouzela, Viseu, Celorico da Beira e Guarda, registando boa recepção dos trabalhadores.
Amanhã, dia 20, de manhã, dirigentes dos sindicatos e da Fiequimetal estarão noutros locais de trabalho, nomeadamente nas áreas de serviço abaixo indicadas.
A Galpgeste (do Grupo Galp Energia), como a federação salienta numa nota de imprensa hoje divulgada, não está confrontada com nenhuma dificuldade económica ou financeira e nunca necessitou de semelhante expediente para atingir os lucros que alcançou nos últimos anos.
Este agravamento do horário, a ser concretizado, para além de penalizar a conciliação entre a actividade profissional e a vida pessoal dos trabalhadores, provocará igualmente problemas na saúde destes, atendendo à carga horária e ao desgaste das tarefas, que são cada vez mais, muito para além da venda de combustíveis.