A denúncia das consequências que o banco de horas na Galpgeste teria, para os trabalhadores e também para os clientes, vai ser feita, amanhã e sexta-feira, em diversas áreas de serviço, por dirigentes e delegados dos sindicatos da Fiequimetal.
«Gosta do seu tempo livre com a família? Nós também!» - destaca-se no folheto em distribuição aos clientes da Galpgeste (Grupo Galp Energia) e à população em geral.
A federação e os sindicatos representativos na empresa (SITE Sul, SITE CSRA, SITE Norte e SITE Centro-Norte) sublinham que quem está na linha da frente merece respeito e acusam a administração da Galpgeste de querer o banco de horas para dispor do tempo de descanso dos trabalhadores sem lhes pagar trabalho extraordinário.
Não bastando os baixos salários que paga, bem como os elevados preços dos produtos comercializados nas áreas de serviço, a Galpgeste pretende que os trabalhadores venham a poder laborar até 50 horas por semana, ou seja, mais duas horas por dia, sem qualquer compensação salarial por este acréscimo de horário.
Com este agravamento do horário de trabalho, poderá ficar em causa a conciliação com a vida familiar e a saúde dos trabalhadores, com consequências para a qualidade do atendimento.
Esta situação revela o carácter explorador do Grupo Galp Energia, proprietário da Galpgeste, para o qual, na procura do aumento incessante dos lucros, tudo vale.
Voto «não» no dia 20
O referendo para viabilizar o banco de horas foi marcado pela Galpgeste para dia 20, sexta-feira. A Fiequimetal e os seus sindicatos apelam a que os trabalhadores votem «não».