Depois do despedimento de uma enfermeira que se encontrava grávida e de outra com uma doença degenerativa, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, os enfermeiros decidiram realizar uma concentração de protesto, no dia 13 de Novembro, no Hospital de S. José.
“Tendo em conta a carência de enfermeiros que é reconhecida na instituição e tendo sido prometido um contrato efetivo em ambos os casos, só podemos concluir que se trata de atos discriminatórios e desumanos, por parte de um Conselho de Administração de um Centro Hospitalar”, afirma o sindicato.
Informação do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:
CHU Lisboa Central: a precariedade não serve os enfermeiros nem o SNS
Depois de uma enfermeira grávida, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central despede enfermeira com doença degenerativa. Iremos realizar uma concentração a 13 de novembro, pelas 11 horas no Hospital S. José.
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) que recentemente cessou contrato de uma enfermeira que se encontra grávida volta a cessar contrato, desta vez com uma jovem enfermeira a quem foi diagnosticada uma doença degenerativa.
Tendo em conta a carência de enfermeiros que é reconhecida na instituição e tendo sido prometido um contrato efetivo em ambos os casos, só podemos concluir que se trata de atos discriminatórios e desumanos, por parte de um Conselho de Administração de um Centro Hospitalar, cujos profissionais tão bem têm dignificado o SNS.
Estes dois exemplos são ilustrativos de uma realidade laboral que viola a Constituição da República Portuguesa, que promove a precariedade e que acaba por discriminar trabalhadores, em particular jovens e mulheres.
Quando muito se fala da baixa natalidade no nosso país é preciso ir às causas e a precariedade é uma delas.
Mais uma vez, este é o reconhecimento que este Conselho de Administração, o Ministério da Saúde e o Governo dão aos “heróis” enfermeiros que estão sempre na linha da frente. Que sempre enfrentaram a pandemia por Covid-19, sempre enfrentaram condições de trabalho adversas, com exposição a agentes químicos, biológicos e físicos, ritmos elevados de trabalho e horários de trabalho desregulados.
É preciso valorizar os enfermeiros e desde logo exigimos o vínculo efetivo para os enfermeiros que exercem no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central dada a sua necessidade permanente.