Trabalhadores exigem fim imediato do processo de despedimento coletivo na Eureste

Trabalhadores exigem fim imediato do processo de despedimento coletivo na EurestO despedimento colectivo de 122 trabalhadores da Eurest foi a causa da concentração realizada, hoje, à porta da sede da empresa, na Amadora, onde o protesto foi lavrado numa Moção, aprovada no local, em que se exige a anulação imediata do processo de despedimento colectivo em curso.

Comunicado de Imprensa da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal:

Os trabalhadores da Eurest, vitimas de um processo de despedimento coletivo de 122 trabalhadores, realizaram hoje uma concentração e protesto à porta da sede da empresa e aprovaram uma moção a saber:

Moção

aprovada pelos trabalhadores da Eurest em greve concentrados à frente da sede da empresa no dia 5 de novembro de 2020

Considerando que:

• A Eurest iniciou um processo de despedimento coletivo de 122 trabalhadores;

• A Eurest tem um volume de negócios superior a 100 milhões de euros anualmente;

• A Eurest dá milhões de euros de lucro todos os anos;

• A Eurest recebeu e continua a receber apoios do Estado neste período de pandemia;

• Não há nenhum motivo para a empresa recorrer ao despedimento coletivo;

• Os motivos alegados pela empresa não são verdadeiros;

• A empresa alega o términus dos contratos de concessão para despedir os trabalhadores, mas esse nunca poderia ser motivo para despedir;

• A principal atividade da Eurest é a exploração de contratos de prestação de serviço de refeições;

• A Eurest, para não ficar com os trabalhadores, basta não concorrer a novas concessões para os contratos se transmitirem para a empresa que ficar com a concessão;

• A Eurest alega ter trabalhadores a mais em algumas unidades, mas isso não é verdade, aliás até tem trabalhadores a menos, face à crise sanitária e às tarefas acrescidas de higienização e desinfeção que está obrigada;

• A Eurest alega não ter postos de trabalho nas zonas das unidades afetadas com a medida, mas nada mais falso, pois ainda agora contratou centenas de trabalhadores através de empresas de trabalho temporário para o mercado escolar e outros

Assim, os trabalhadores da Eurest em greve, concentrados frente à sede da empresa, na Amadora, exigem a anulação imediata do processo de despedimento coletivo em curso.

Amadora, 5 de novembro de 2020

Os trabalhadores