Na última reunião plenária de negociação de matérias pendentes, a administração da EDP não foi capaz de desfazer a «embrulhada» do subsídio de estudo e não respondeu à proposta da Fiequimetal sobre enquadramentos funcionais. É preciso que os trabalhadores elevem a voz.
Na reunião de 28 de Outubro, a comissão negociadora sindical liderada pela Fiequimetal reiterou a indignação pela forma como se tem «embrulhado» esta negociação do subsídio de estudo a descendentes, com atrasos provocados repetidamente pela administração.
Só após muita insistência da CNS/Fiequimetal, a administração forneceu alguns dados parciais, mas «esqueceu-se» de apresentar a sua proposta para negociação, como se refere na informação sindical divulgada para os locais de trabalho.
A CNS/Fiequimetal propôs a prorrogação do prazo de entrega dos formulários para o subsídio de estudo, como é imprescindível, e para que ficasse expresso o empenho em chegar a acordo rapidamente. Mas a administração, incompreensivelmente, negou tal possibilidade, remetendo essa medida para depois de o acordo ser alcançado.
Ainda assim, a comissão negociadora da EDP voltou a comprometer-se com uma nova ronda de negociações bilaterais, que culminarão numa reunião plenária a 11 de Novembro. Nesta data, afirmaram os representantes patronais, será apresentada finalmente a proposta da administração.
Por justos enquadramentos funcionais
Uma vez mais, a CNS/Fiequimetal requereu nesta reunião o fornecimento de dados estatísticos sobre os reenquadramentos de funções aplicados pela administração, na sequência das negociações do ano passado.
Contudo, como se refere no comunicado, a participação activa de todos os trabalhadores é imprescindível para que se avance nesta matéria.
A todos os trabalhadores é reafirmado o apelo para que defendam activamente os seus direitos, participando nos plenários e reuniões sindicais.
Apela-se ainda a que subscrevam, pela sua importância, o abaixo-assinado «Por um justo enquadramento de carreiras na EDP», lançado pela federação.
Nele exige-se:
- Que que a progressão seja automática até à BR8, de dois em dois anos (desde que o trabalhador tenha duas avaliações positivas), a contar da data de entrada na empresa onde estava a prestar serviço para a EDP;
- Alteração do atual conceito de evolução de carreira e do seu método de cálculo, de forma a reduzir o tempo de passagem entre bases remuneratórias superiores à BR8;
- Remuneração por antiguidade para todos os trabalhadores.
O documento, dirigido ao Conselho de Administração Executivo do Grupo EDP, pode ser assinado junto dos delegados e dirigentes sindicais ou online (https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT103288).
FONTE: FIEQUIMETAL