O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz que é inqualificável o sector privado da saúde não ter camas disponíveis para tratar os doentes da pandemia.
Declarações de José Carlos Martins, presidente Sindicato dos Enfermeiros.
RTP3 (Ver vídeo)
Declarações de José Carlos Martins, presidente Sindicato dos Enfermeiros.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira foram recebidos ontem pelo Presidente da República.
Informação do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:
CNESE é recebida pelo Presidente da República
É hoje [ontem] às 15h30 que o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira são recebidos.
Esta audição por parte do Presidente da República revela-se de extrema importância.
Os sindicatos, enquanto organizações representativas dos trabalhadores, são promotores de progresso do país.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, apesar da situação difícil que o país atravessa desde março manteve a sua intervenção junto dos enfermeiros, administrações, Ministério, Governo e Assembleia da República.
Acompanhou e interveio para a resolução de novos problemas que surgiram decorrente da pandemia. E, não deixou de exigir e lutar, realizando várias iniciativas locais e nacionais, pela resolução de problemas antigos, nomeadamente, os que decorrem da imposição da Carreira de Enfermagem e da não contabilização dos pontos para a progressão.
A exigência contínua e sistemática de admissão de mais enfermeiros e a efetivação de todos os precários (“regime substituição”, contratos de 4 meses e recibos verdes) será uma questão prioritária nesta audiência assim como a necessidade de valorizar e dignificar a profissão e os enfermeiros.
Os enfermeiros fazem parte integrante da comunidade cientifica e pela sua proximidade aos utentes, doentes e famílias, são dos profissionais que melhor podem contribuir, com evidência cientifica, e no atual contexto pandémico, para uma reorganização dos serviços que permitam garantir o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde.
Contrariamente ao setor privado, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) teve e tem um papel central na resposta assistencial aos cidadãos. Hoje, o SNS (equipamentos e recursos humanos) está melhor preparado que há alguns meses atrás. O conhecimento científico sobre a doença também evoluiu.
Continuar a investir no SNS, sendo o caminho certo e seguro, é a exigência. Para além do necessário reforço de meios, é fundamental regulamentar e implementar os Sistemas Locais de Saúde previstos na Lei de Bases de Saúde.