Os enfermeiros algarvios entregam amanhã na Assembleia da República uma petição com mais de 4600 assinaturas, exigindo que o Centro Hospitalar Universitário do Algarve e a Administração Regional de Saúde cumpram os compromissos que assumiram 2019. 500 enfermeiros, com 10 a 20 anos de trabalho, ganham o mesmo que um enfermeiro recém-licenciado porque não lhes é contado o tempo de serviço.
Nota à Imprensa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:
Enfermeiros Algarvios entregam amanhã às 10 horas na Assembleia da República uma petição com mais de 4600 assinaturas, exigindo que o CHU Algarve e ARS cumpram os compromissos que assumiram.
Apesar do risco e das dificuldades atuais, continuamos na Linha da Frente!
São 500 enfermeiros com, entre 10 e 20 anos de trabalho que ganham o mesmo que um enfermeiro recém-licenciado porque não lhes é contado o tempo de serviço. O Centro Hospitalar Universitário do Algarve não progride os enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho e a ARS Algarve não progride os que tiveram um ajustamento salarial para a primeira posição remuneratória da nova Carreira. Mas ambas as instituições assinaram estes compromissos em 2019!
Este incumprimento determinou uma campanha de esclarecimento junto da população e responsáveis políticos, assim como a recolha de assinaturas para a petição pública “Apoiar os Enfermeiros do Algarve”. Cópias das mais de 4600 assinaturas de milhares de cidadãos solidários com os enfermeiros, foram entregues à administração do CHUA, serão enviadas à ARS Algarve, Primeiro-ministro, Ministra da Saúde e serão entregues na Assembleia da República.
Em reunião com deputados eleitos pelo Algarve do PS, do PSD, do BE e com o deputado do parlamento europeu do PCP foi assumido que os compromissos escritos são para cumprir. É curioso que, no âmbito de outras petições entregues pelo SEP, precisamente em torno deste problema, o PS e o PSD não tenham apresentado ainda quaisquer propostas de projectos de decreto de lei para os resolver.
Os enfermeiros continuam a estar na linha da frente e em risco. Regista-se a falta de material de consumo clínico em alguns Centros de Saúde da Região e chegou-nos relatos recentes de profissionais e utentes a comprarem algum material para a realização de tratamentos.
Apesar do incumprimento das administrações e das faltas de material e pessoal, os enfermeiros continuam a desenvolver iniciativas para garantir mais acessibilidade aos cidadãos e com segurança. A mais recente parte de um grupo de enfermeiros de Portimão, que voluntariamente criaram a iniciativa “um enfermeiro em cada rua” e que se traduz na administração domiciliária gratuita da vacina da gripe aos utentes mais vulneráveis, após o seu período de trabalho no hospital.
Os enfermeiros continuam na Linha da Frente, embora a prometida valorização pelos responsáveis das instituições continue na Linha de Trás!.
Se o Governo quiser, efectivamente, premiar e valorizar os enfermeiros então não terá qualquer dificuldade em decidir pelo que é justo e resolver os problemas, nomeadamente os da progressão.