Desde março (início da pandemia), que os enfermeiros integrados nas equipas de saúde pública trabalham, na sua maioria, 7 dias por semana, 10 horas por dia, sem terem a possibilidade de gozar feriados, tolerâncias e até os dias de descanso e folga previstos na legislação.
A estas unidades estão alocados apenas 1/3 dos enfermeiros necessários e se nada for feito, espera-se um agravamento do cenário acima descrito.
Relembramos que é da responsabilidade destes profissionais, desenvolverem todos os contactos com os cidadãos sobre vigilância activa – doentes COVID – e os em isolamento profiláctico (suspeitos). Para além disso, são também responsáveis, conjuntamente com outros profissionais, por desencadearem as visitas/auditorias a equipamentos de saúde de natureza variada, intervir nas situações desportivas que entretanto, aconteçam, etc.
É absolutamente necessário o reforço das equipas, preferencialmente reforçando-as com Enfermeiros Especialistas em Saúde Pública, cumprindo, assim, a legislação que determina que enfermeiros com estas competências deverão ser alocados a estas unidades.
O aumento do número de casos nos últimos dias e a previsão do aumento exponencial nos próximos tempos, associado à abertura das escolas, aos eventos desportivos, etc., deverá determinar por parte do governo a admissão de enfermeiros e à mobilização de Enfermeiros Especialistas de Saúde Comunitária para estas unidades.
Nota à Imprensa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses