Ontem, numa reunião com sindicatos da hotelaria do Norte e Centro, no Ministério do Trabalho, a Altice repetiu várias vezes, com uma grande arrogância e insensibilidade social, que não tem nenhuma responsabilidade – que nada tem que ver – com os trabalhadores que prestam serviços nas cantinas da empresa. Os trabalhadores não recebem salários desde Junho e têm o futuro incerto.
Naquela reunião, a MEO/Altice não assegurou a reabertura das suas cantinas, encerradas em Março, e a concessionária, Sector Mais, não assegurou o pagamento dos salários em atraso.
Comunicado de imprensa da FESAHT
MEO/ALTICE NÃO ASSEGURA A RETOMA DA ATIVIDADE DAS CANTINAS E PÕE EM CAUSA 38 POSTOS DE TRABALHO
A MEO/Altice Portugal entregou à exploração há dezenas de anos 8 cantinas a nível nacional.
Atualmente era a empresa Sector Mais que explorava todas as cantinas da MEO e empregava nestas 38 trabalhadores.
Em meados de março foram encerradas as cantinas e os trabalhadores deixaram de receber salário.
A Sector Mais informou os trabalhadores que requereu o lay-off mas que tal requerimento não lhe foi deferido pela Segurança Social, e começou a pagar os salários em prestações.
Depois a Sector Mais informou que lhe foi deferido o lay-off e pagou os salários de março, abril e maio.
Contudo, não pagou os salários de junho, julho e agosto alegando que a Segurança Social voltou a indeferir o apoio.
Em meados de agosto, face à sua situação de carência económica, os trabalhadores decidiram requerer a suspensão do contrato de trabalho.
Neste momento a Sector Mais deve os salários de junho, julho e agosto e os trabalhadores têm o futuro incerto.
Os trabalhadores já fizeram ações de protesto na defesa dos seus direitos legítimos
A situação grave que os trabalhadores vivem, levou a que os sindicatos da hotelaria Norte e Centro requeressem uma reunião no Ministério do Trabalho com as empresas Setor Mais e MEO/Altice Portugal, que teve lugar ontem.
Nesta reunião, a MEO/Altice não assegurou a reabertura das cantinas e a Sector Mais não assegurou o pagamento dos salários em atraso.
Aliás, a Altice, com uma grande arrogância e insensibilidade social, repetiu várias vezes que não tem nenhuma responsabilidade, que nada tem a ver com os trabalhadores, que é completamente alheia ao conflito, sabendo, como sabe, que tal não é verdade, que é solidariamente responsável pelas dívidas aos trabalhadores, se não entregar a concessão a outra concessionária.