O SIESI convocou para hoje, às 14h00 e às 15h00, plenários dos trabalhadores do Sicman (agrupamento complementar de empresas, do Grupo Siemens) para decidir a acção a desenvolver em defesa dos seus direitos e dos postos de trabalho que a empresa pretende liquidar.
Aos trabalhadores, o SIESI apela a que se mantenham unidos e solidários, pois esta situação afecta todos, embora a intenção de despedimento colectivo indique 42 nomes.
Num comunicado em que apelou à participação nos plenários, o sindicato salientou que o que está em causa é a defesa dos postos de trabalho e dos rendimentos de muitas famílias, numa altura particularmente difícil para quem vive do seu trabalho; é a segurança dos próprios trabalhadores e a qualidade do trabalho, com a redução das equipas para dois elementos; é a fragilização da melhoria das suas condições de trabalho, pois o objectivo patronal é despedir agora para, mais tarde, contratar mais barato e com vínculos precários; é a tentativa de enfraquecimento da unidade dos trabalhadores que se construiu nos últimos meses, na luta por melhores condições de trabalho e de vida.
A criação de uma «secção fantasma», em Maio, é considerada pelo SIESI um subterfúgio para fazer uma limpeza de trabalhadores com mais antiguidade e com melhores salários, para contratar outros com salários mais baixos e com vínculos precários.
No pedido urgente de intervenção que enviou a várias entidades e divulgou à comunicação social, o sindicato explicou que o Sicman foi criado em 2003, exclusivamente para ser utilizado como fuga à contratação de trabalhadores efectivos para os quadros da ANA e, depois, da Siemens e da Siemens Logistics.
Esta é uma situação que tem cerca de três dezenas de anos, pois foi antecedida por esquemas idênticos, com a Siemens já envolvida.
Fonte: Fiequimetal