Em plenários, os trabalhadores da Algar – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, decidiram marcar greve para 7 e 8 de Setembro, destacando como prioridade reivindicativa a negociação de aumentos salariais, que a administração recusou na última reunião, alegando os resultados negativos da empresa.
No documento de conclusões dos plenários de 17, 18 e 19 de Agosto, divulgado pelo SITE Sul, assinala-se que, agora a Algar justifica a não atribuição de aumentos salariais e a actualização dos valores nas restantes matérias por 2019 ter sido um ano de prejuízos, que atingiram dois milhões e 100 mil euros.
Mas, para o final de 2020, a administração já diz que os prejuízos podem chegar a três milhões. Neste pressuposto, tal argumento pode querer dizer que no próximo ano poderá também não haver aumentos.
Apesar da explicação dada pela administração, remetendo para o abaixamento da tarifa, os trabalhadores reafirmam que não tiveram qualquer culpa do resultado de 2019, pelo contrário, continuaram a trabalhar cada vez mais.
O descontentamento dos trabalhadores cada vez é maior e tem tendência para aumentar, uma vez que a empresa não reconhece o devido empenhamento e o profissionalismo de todos.
Os trabalhadores afirmam que a Algar, apesar dos resultados negativos, tem todas as condições para actualizar os salários e restantes matérias pecuniárias.
O sindicato afirma-se disponível para reunir novamente com a administração, de forma a que ainda seja possível encontrar uma solução que venha ao encontro das justas reivindicações dos trabalhadores.
Para os dias da greve, serão também convocadas concentrações no exterior dos principais locais de trabalho.
A Algar tem sede em Almancil e instalações em todo o Algarve.
Fonte: FIEQUIMETAL