A Fiequimetal manifestou ontem solidariedade com a luta dos trabalhadores da Renault em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba (Paraná), contra as centenas de despedimentos anunciados pela multinacional. Em assembleia, esta segunda-feira (na foto), foi decidido manter a greve iniciada dia 21.
Numa «moção de solidariedade» enviada aos sindicatos metalúrgicos brasileiros da CUT e da CTB, a federação afirma que as organizações dos trabalhadores querem «diálogo com bom senso», enquanto a Renault faz «diálogo com imposição» de 747 despedimentos - uma decisão confirmada no dia 21.
Os trabalhadores e os sindicatos exigem que esta decisão seja revertida e seja retomado o diálogo sobre medidas para defesa do emprego e da produção.
Uma vez que a empresa não abriu o diálogo, a greve prossegue e a fábrica continua parada.
A Fiequimetal apoia a decisão dos sindicatos de exercerem toda a pressão para que o governo do Estado do Paraná garanta o cumprimento do acordo que propiciou incentivos fiscais à Renault.
Na moção recorda-se que o governo estadual concedeu incentivos fiscais para que esta e outras 50 empresas gerassem empregos. Ora, se a Renault, em vez de gerar emprego, está a despedir trabalhadores, deve perder esses incentivos, pagos por todos os paranaenses.
A Fiequimetal participou, no passado dia 17, numa reunião de sindicatos, a nível mundial, sobre o Grupo Renault, que teve como principais conclusões: lutar em cada país para defender o emprego e não aceitar a chantagem da multinacional, que ameaça atacar o emprego para reduzir direitos dos trabalhadores.
Os trabalhadores da Renault de Curitiba, firmes e unidos, podem contar com o total apoio da Fiequimetal à sua justa luta.
FONTE: Fiequimetal