Numa reunião com a Fiequimetal, a administração da EDP informou que o desmantelamento da central termoeléctrica de Sines deverá ser feito num prazo de cinco anos. Estão a ser preparadas medidas para minorar os prejuízos dos trabalhadores, incluindo os dos empreiteiros.
A Fiequimetal questionou a administração da EDP sobre a venda de activos no Douro, sobre a recente comunicação do encerramento da central de Sines já em Janeiro de 2021 e sobre o impacto da suspensão dos presidentes dos CA da EDP e da EDP Renováveis e da passagem da EDP à condição de arguida, no processo judicial sobre as rendas dos CMEC.
A administração respondeu, em reunião realizada no dia 15. A federação emitiu no dia seguinte uma informação aos trabalhadores sobre o conteúdo dessas respostas
Quanto ao encerramento da central de Sines, a administração afirmou que o descomissionamento era inevitável devido à redução do peso desta central na rede nacional e ao aumento dos preços do carvão e do CO2. O desmantelamento da central deverá ser feito num prazo de cinco anos, pelo que uma parte dos trabalhadores continuará a ser necessária.
Estará em preparação uma série de medidas para minorar os prejuízos para aqueles. É de assinalar que, segundo a Administração, os trabalhadores dos prestadores de serviços foram contabilizados para ser incluídos nessas medidas.
A administração adiantou que tais medidas podem passar por pré-reformas, para quem tiver condições para isso, e requalificação profissional, para os restantes, por forma a poderem integrar os futuros projectos nessa área, possivelmente para o desenvolvimento do projecto que a EDP integra na cadeia do hidrogénio.
Segundo a administração, a situação no Douro deverá ser negociada com os trabalhadores. A Fiequimetal espera que ninguém seja forçado a aceitar uma situação em que se sinta prejudicado. A federação já se tinha reunido com a Engie (empresa que pretende comprar os activos em causa), para garantir que qualquer situação deve ser negociada com os sindicatos.
Sobre os casos de justiça que estão em curso, a Fiequimetal reafirmou que vai esperar calmamente que as instituições funcionem, defendendo que seja deixado à Justiça aquilo que é da competência desta.
Na reunião foi ainda garantido que, da parte da Fiequimetal e dos seus sindicatos, a administração pode esperar uma posição firme e decidida na defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores em toda e qualquer situação que se venha a colocar.
FONTE: FIEQUIMETAL