As regiões Centro e Norte do país continuarão com redução da oferta de transporte rodoviário de passageiros até ao fim do ano. A multinacional francesa Transdev, proprietária de oito empresas a quem o Estado português concessionou aquele serviço público, anunciou que colocará em lay-off 1329 trabalhadores a partir de 1 de Agosto.
Informação da FECTRANS:
Transdev anuncia “lay-off” até ao final do ano
A administração da multinacional francesa TRANSDEV comunicou às organizações de trabalhadores a sua intenção de desencadear novos processos de “lay-off” até ao final do ano nas empresas do grupo.
Na comunicação é informado que a medida é para implementar a partir do dia 1 de Agosto e “todos os trabalhadores da Empresa estão, por princípio abrangidos pela medida de suspensão do contrato de trabalho ou de redução do período normal de trabalho”.
Isto traduz-se na redução de salário e rendimento para 1.329 de trabalhadores:
- Auto Aviação Aveirense – 75 trabalhadores
- Caima Transportes – 121 trabalhadores
- ETAC – 332 trabalhadores
- MinhoBus – 189 trabalhadores
- Rodoviária da Beira Interior – 137 trabalhadores
- Rodoviária d’Entre Douro e Minho – 128 trabalhadores
- Transdev Douro – 113 trabalhadores
- Transdev Interior – 234 trabalhadores
Apesar dos apoios previsto no Orçamento do Estado suplementar, os patrões privados continuam sem repor o serviço que o País precisa , com isto, são prejudicados os trabalhadores e os utentes.
O patronato do sector privado de passageiros tem a mesma estratégia de prolongar as situações de “lay-off” e com isso milhares de trabalhadores ficam num quadro de incerteza quanto ao futuro, o País em termos regionais está nesta altura sem transporte rodoviário de passageiros, o que demonstra que Portugal precisa de uma empresa pública neste sector.
Na defesa dos interesses do País, o governo não pode ser um mero espectador e dizer que são os municípios as autoridades de transporte, tem que intervir legalmente para devolver aos cidadãos um serviço a que têm direito e com isso fazer com que os trabalhadores reocupem com todos os direitos, os seus postos de trabalho.