Os carteiros do Centro de Distribuição Postal (CDT) de Porto de Mós estarão em greve total desde amanhã, dia 10, até 13 de Julho. Também os carteiros do CDT da Costa da Caparica iniciam amanhã uma greve parcial, no segundo período de trabalho, que durará até 17 de Julho. Lutam contra a exaustão, perante o acumular de trabalho, que atrasa a distribuição da correspondência, e exigem a contratação de mais trabalhadores. Ao invés, os CCT têm vindo a reduzir pessoal.
Pelos mesmos motivos e outros específicos de cada local, concluem amanhã períodos de greve semelhantes os carteiros dos CDT de Lisboa, Rio Maior, Tomar, Abrantes e Amora e mantêm-se em greve os de Montemor-o-Novo e Alcobaça. A partir do dia 13, entrarão em greve os carteiros de outros cinco CDT e no dia 20 os do CDT de Leiria.
Logo no início da pandemia, os CTT começaram por não renovar os contratos aos trabalhadores com vínculos precários, mas que ocupavam postos de trabalho permanentes. Também foram dispensados os que a empresa designa como “agenciados” (figura sem existência na lei) – carteiros subcontratados a terceiros para fazer as entregas.
Mesmo neste quadro de acumulação de trabalho, de falta de mão-de-obra e de exaustão dos trabalhadores, a empresa não faz contratações, o que também causa a apreensão dos carteiros quanto ao período de gozo de férias, este ano.
Os baixos salários são outro motivo da marcação da greve. Depois de a empresa ter imposto o pagamento em cartão e retirado da retribuição o valor do do subsídio de refeição, os carteiros tomaram ainda maior consciência de quão baixos são os seus salários e de como se aproximam do salário mínimo nacional.
Acompanhando a reivindicação da CGTP-IN, os carteiros lutam por um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores.
FONTE: SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações