A FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal anunciou hoje que vai realizar uma quinzena de luta, a nível nacional, de 27 de Julho a 7 de Agosto, para lutar pela reposição de todos os direitos e por melhores salários.
Comunicado de Imprensa da FESAHT:
FESAHT CONVOCA QUINZENA DE LUTA PELA REPOSIÇÃO DE DIREITOS E AUMENTOS SALARIAIS
O setor da hotelaria e restauração vive uma crise social profunda.
Milhares de trabalhadores da hotelaria estão a trabalhar sem gozar férias, fazem trabalho suplementar que não é pago, outros continuam em lay-off e com os seus magros salários reduzidos brutalmente, situações ilegais de trabalhadores a trabalhar 40 horas, mas a empresa indicando que estão em lay-off parcial, o desemprego alastra-se e as associações patronais e empresas não querem ouvir falar em aumentos salariais.
Há milhares de trabalhadores da restauração e bebidas que estão a ser obrigados a trabalhar, mas têm 3 e 4 meses de salários em atraso, vêm os seus direitos postos em causa, designadamente os horários, o descanso semanal e as férias.
Nas indústrias alimentares, não obstante o aumento da produção e dos lucros neste tempo de pandemia, o patronato também recusa a negociação da contratação coletiva e os aumentos salarias.
Assim, a FESAHT, na reunião do seu secretariado executivo, decidiu realizar uma quinzena de luta a nível nacional, do dia 27 de julho a 7 de agosto, para lutar pela reposição de todos os direitos e por melhores salários, designadamente:
• anulação das férias forçadas;
• anulação dos bancos de horas forçados;
• anulação de todos os despedimentos desde o dia 1 de março;
• criação de um fundo especial, financiado pelo Orçamento do Estado, para assegurar o pagamento dos salários dos trabalhadores de empresas em dificuldades reais;
• reposição dos salários a 100%;
• reposição dos prémios, bem como do subsídio noturno e do subsídio de alimentação retirados aos trabalhadores;
• reabertura imediata de todas as empresas e o pagamento imediato dos salários em atraso;
• condições de trabalho dignas e a proteção da saúde e segurança no trabalho;
• negociação da contratação coletiva;
• aumentos salariais dignos e justos.