“Não basta acolher os utentes, é preciso exigir e responsabilizar estas instituições quando não garantem o número de enfermeiros adequado. Os utentes destas instituições têm o direito a serem bem cuidados, com ou sem pandemia” considera a Direcção Regional do Alentejo do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a propósito da deslocação de enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde para um lar de idosos de Reguengos de Monsaraz.
Nota à Comunicação Social da Regional do Alentejo do SEP
COVID-19 – Reguengos de Monsaraz
Lar de Idosos da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVSP)
As instituições privadas, vulgarmente chamadas de “Lares”, que têm utentes à sua responsabilidade, têm de ter no seu Mapa de Pessoal o número de enfermeiros adequado para o seu funcionamento, incluindo para situações mais complexas, como é o caso da Pandemia. Têm de contratar enfermeiros e garantir condições de trabalho dignas, nomeadamente com vínculos definitivos e não precários, e, com salários ajustados às qualificações dos enfermeiros.
Não basta acolher os utentes, é preciso exigir e responsabilizar estas instituições quando não garantem o número de enfermeiros adequado. Os utentes destas instituições têm o direito a serem bem cuidados, com ou sem Pandemia.
O facto de serem destacados enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde para Reguengos de Monsaraz não se pode prolongar no tempo, pois não é a solução que estas instituições precisam. A solução é contratarem pessoal!
A FMIVSP e restantes instituições estavam legalmente obrigadas, no âmbito desta Pandemia, a terem Planos de Contingência, e, esses Planos de Contingência devem enquadrar medidas sobre Recursos Humanos para eventuais situações de agudização das necessidades de resposta que exijam mais profissionais como a que se está a verificar.