Os carteiros do Centro de Distribuição Postal (CDT) de Abrantes vão fazer greve nas duas primeiras horas do período de trabalho, a partir de hoje até 10 de Julho. Lutam contra a exaustão, perante o acumular de trabalho que atrasa a distribuição da correspondência e exigem a contratação de mais trabalhadores. Ao invés, os CCT têm vindo a reduzir pessoal.
Pelos mesmos motivos, a que se somam os problemas específicos de cada local, já estiveram em greve, este mês, os CDT de Elvas e Faro. Mais uma dezena de outros têm greves marcadas para o mês de Julho. Já no dia 1, entram em greve os carteiros de Amora, Montemor-o-Novo e Tomar.
Logo no início da pandemia, os CTT começaram por não renovar os contratos aos trabalhadores com vínculos precários, mas que ocupavam postos de trabalho permanentes. Também foram dispensados os que a empresa designa como “agenciados” (figura sem existência na lei) – carteiros subcontratados a terceiros para fazer as entregas.
Mesmo neste quadro de acumulação de trabalho, de falta de mão-de-obra e de exaustão dos trabalhadores, a empresa não faz contratações, o que também causa a apreensão dos carteiros quanto ao período de gozo de férias, este ano.
Os baixos salários são outro motivo da marcação da greve. Depois de a empresa ter imposto o pagamento em cartão e retirado da retribuição o valor do do subsídio de refeição, os carteiros tomaram ainda maior consciência de quão baixos são os seus salários e de como se aproximam do salário mínimo nacional.
Acompanhando a reivindicação da CGTP-IN, os carteiros lutam por um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores.
FONTE: SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações